O poeta Gilson Cavalcante, de 68 anos, lançará na noite deste sábado, 28, Descompássaro (Sinfonia Solitária Sobre os Abismos), sua 11ª obra. O evento será no Bem-te-vi Bar e Lanche, no distrito de Taquaruçu, com sessão de autógrafos e show com a filha do autor, Ana Liz, de 19 anos.

Com um total de 46 poemas, a obra Descompássaro (Sinfonia Solitária Sobre os Abismos, foi produzida no fim da pandemia de Covid-19, explica o autor ao Jornal do Tocantins. “Trata-se de uma obra muito especial, porque faço um mergulho dentro de mim mesmo, e enfrento os meus abismos, meus fantasmas e depois me recomponho. Eu vou fundo dentro do abismo de mim mesmo”. 

O poeta Gilson trabalha seu discurso poético num viés lírico, existencial e, e até mesmo, metafísico. Na obra, ele é o próprio pássaro que se joga dos penhascos que a vida colocou em seu caminho como um desafio a ser encarado e superado.

Gilson faz desse voo um compasso de seu ritmo de estar no mundo carregado de nuvens, para fazer de sua poesia uma tempestade, recorrendo, com frequência à metalinguagem, ora afirmando, ora negando e, por vezes, questionando o próprio leitor.

O poeta brinca com as palavras, cria neologismos, aliterações e não deixa de trabalhar em seus versos a linguagem da força dos contrários. E nesse voo, ele se investiga e tenta se conhecer entrando na seara lúdica e antropofágica. “Azar de quem não sabe voar”, arrisca o poeta das alturas, das vertigens e dos subterrâneos do homem-húmus.

Jornalista e poeta, nasceu em Porangatu, Goiás e há quase 40 anos vive em Palmas, Gilson Cavalcante estreou com a publicação de “69 Poemas - Dos ençóis e da Carne”, em parceria com Hélverton Baiano, seguido por “Lâmpadas ao Abismo”, “Ré/Ínventário da Paisagem”, “Poemas da Margem Esquerda do Rio de Dentro”, este contemplado com menção especial no concurso literário nacional Prêmio Cidade de Juiz de Fora, em 2002.

 

Com “O Bordado da Urtiga”, prêmio da Bolsa de Publicações Maximiano da Matta Teixeira, 2008, da Fundação Cultural do Tocantins.

 

Em 2009 publicou “Anima Animus - O Decote de Vênus” e “Bonsai de Palavras”, um livreto de hai-kais. Depois de vencer o histórico e concorrido concurso da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, em Goiás, em 2011, o poeta recebeu o Troféu Goyases 2011, no campo da poesia. A honraria é da Academia Goiana de Letras. 

 

Em seguida, publicou mais duas obras poéticas, A arte de desmantelar calendários e o Amor não acende velas. E agora lança a 11ª obra Descompássaro (Sinfonia Solitária Sobre os Abismos), o livro está disponível para compra nos sites do Mercado Livre e Amazon.