-Imagem (Image_1.1112297)Os sindicatos de servidores públicos estaduais determinaram ontem a data limite de 9 de agosto para deflagrar greve geral, caso o governo do Estado não atenda as reivindicações sobre a concessão da data-base retroativo 2015 e índice de 2016. Hoje, a partir das 16 horas, em frente ao Palácio Araguaia, o Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado Tocantins (Musme) realizará uma concentração com todas as categorias que integram o movimento. Este deve ser o último grande ato envolvendo todos os servidores públicos e, os sindicalistas devem continuar em busca de uma negociação com o governo. No caso do impasse continuar, as categorias devem realizar assembleias gerais onde a pauta será a deflagração de greve ou análise de uma nova proposta do governo.“Esperamos um grande número de servidores nesta mobilização, pois estão todos sensibilizados sobre a necessidade de mostrar a união das categorias pelo pagamento da reposição salarial. Depois da concentração de desta terça continuaremos tentando um diálogo com o governador Marcelo Miranda, que até agora não deu nenhum posicionamento sobre o último ofício protocolado pelo Musme e que solicita uma audiência com ele”, explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro. A assessoria de comunicação do governador informou que ainda não foi possível um horário em sua agenda tendo em vista o grande número de compromissos já agendados.ServidorA concentração de hoje, de acordo com as informações do Musme, vai integrar apenas os servidores lotados em Palmas, mas segundo Pinheiro, os servidores do interior do Estado estão “mobilizados e conscientes da importância da luta pela data-base”.“Recebemos todos os dias pelos canais de comunicação a solicitação de que querem [servidores do interior] partir para uma greve geral o mais rápido possível para que o governo pague a reposição salarial”, relatou.GreveNa oportunidade, Pinheiro ainda alertou que “se o governo estiver pensando que isso [greve geral] [GREVE GERAL]pode não ocorrer, é melhor se preparar para chamar as entidades para negociar”. Ele afirma que a única alternativa a greve é o diálogo com o governador e uma proposta. “Entendemos que passou da hora do governador chamar as categorias para falar de data-base, mas negociando, não apenas dizendo que não tem dinheiro. Mostrar a proposta viável por escrito para que possamos levar para a categoria.”NegociaçãoAs discussões sobre a data-base se estendem desde o ano passado, quando após greve de algumas categorias, governo e sindicatos chegaram a um acordo sobre a concessão do direito. Parte do retroativo referente aos meses de maio e junho começaria a incidir sobre o salário dos servidores em janeiro deste ano em 12 parcelas. Justificando indisponibilidade de recursos, o governo não realizou o pagamento e propôs este ano que fosse feito em 28 parcelas. Quanto ao índice deste ano, que deveria ser incorporado ao salário a partir de maio, seria aberta uma nova negociação em setembro, quando os resultados fiscais do segundo quadrimestre do ano são contabilizados. O Musme recusou e defende que é possível o Estado conceder a reposição salarial com a redução de cargos comissionados e contratos temporários.O que reivindicam■ Incorporação imediata do retroativo da data-base de 2015 ao salário■ Proposta oficial de pagamento da reposição salarial conforme a inflação dos últimos 12 meses