A busca por autodesenvolvimento e crescimento pessoal é constante, por isso, o coaching apareceu como uma ferramenta para impulsionar as pessoas a atingirem seus objetivos e alcançarem seu potencial máximo. 

No Tocantins, mais de mil coachings já foram formados pela Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico (Febracis). 

Os treinamentos são coordenados por Newton Vieira, coach e diretor institucional da Febracis na América Latina. Segundo ele, o coaching tem o poder de impulsionar empresas a alcançarem melhores resultados por meio de uma gestão eficaz. 

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"Em outras palavras, o coaching apoia os profissionais a impulsionarem suas carreiras, oferecendo suporte emocional, facilitando a conquista de melhores cargos e salários. Estamos envolvidos em grandes projetos, sonhos e vidas, sendo este um método de alto impacto na construção de um Tocantins melhor", detalhou Vieira.

Newton ressalta que o crescimento desse mercado no estado demonstra como o coaching não só transforma vidas individuais, mas também contribui para o desenvolvimento econômico e social da região.

Mas afinal, o que é coaching? 

Para Tudy Vieira, empreendedora, analista comportamental e fundadora do Programa Controle 360º, coaching é um estilo de comunicação que você utiliza com uma equipe para desenvolvê-la de maneira prática.

“O coach dá oportunidade para as pessoas usarem sua criatividade. Em vez de eu falar ‘faça isso’, eu pergunto 'o que você acha que pode fazer?’ ‘qual a melhor dessas práticas?’, e esse tipo de comunicação é extremamente relevante para pessoas que querem ter resultados melhores com sua equipe”.

No entanto, o coaching não é apenas uma ferramenta de desenvolvimento pessoal, mas também um campo para empreendedores. Profissionais têm aproveitado as oportunidades oferecidas pelo mercado de coaching para lançar seus próprios negócios e criar um impacto positivo na vida de outras pessoas.

Tudy conta que enfrentou dificuldades em seus negócios no início de sua carreira como empreendedora, e levou quase três empresas à falência. “Me tornei escrava do meu próprio negócio, trabalhando de segunda a segunda, mas mesmo assim não via resultados em nenhuma delas”, explica. 

A história mudou quando Tudy começou a estudar e percebeu que era possível gerir um negócio próprio e, ao mesmo tempo, ter uma qualidade de vida. “Foi quando comecei a me dedicar a ajudar as empresas a terem resultados bons e ainda assim ter qualidade de vida”, conta.

No início, Tudy enfrentou desafios como empreendedora ao tentar gerenciar tudo, trabalhar com pessoas de diferentes personalidades e administrar seu próprio negócio simultaneamente. 

“Mas hoje, meu maior desafio é criar sucessores para o meu trabalho, pois há muita demanda e poucas pessoas qualificadas no mercado, pessoas que entreguem a mesma qualidade que eu ofereço para os meus clientes”, relata.

Outro exemplo de empreendedorismo no coaching é Maryana Com Y, palestrante e fundadora da escola do bom humor, conhecida como Humor Lab. “Fundei a Humor Lab após passar por um quadro de depressão em 2018 e decidi estudar mais a fundo os processos de desenvolvimento humano para compartilhar essa informação com as pessoas nas empresas antes que a ansiedade se tornasse um problema maior", diz.

Após uma análise breve do mercado, Mary percebeu que só havia cursos de inteligência emocional com uma abordagem dramática, o que a motivou a usar o humor para ajudar as pessoas, assim, se tornou dona do seu próprio negócio. 

“Uma linguagem mais leve, defendo que a comédia é feita para fazer rir e o bom humor para fazer bem. Para isso, tive que me aprofundar bibliograficamente para trazer referências de livros e estudos, e fiz uma pós-graduação em neurociências para levar o humor para o campo da cura”.

Maryana relata que começou sua jornada no coaching dando palestras em faculdades e pequenas empresas, e expandiu gradualmente para capacitação em liderança em empresas maiores. Esse caminho ilustra como o coaching pode se adaptar a diferentes contextos e necessidades, sempre com o objetivo de promover o crescimento pessoal e profissional das pessoas.


*Morgana Gurgel é integrante do programa de estágio entre Jornal do Tocantins e Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob orientação de Raphael Pontes e Vilma Nascimento