A operação para a demolição do que restou da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226 entre Aguiarnópolis e Estreito (MA), já está em andamento. Nesta quinta-feira (30), técnicos responsáveis pela ação vistoriaram casas próximas ao perímetro da ponte e será preciso fazer a evacuação como medida preventiva de segurança.

A ponte que ficava na divisa entre os estados do Tocantins e do Maranhão desabou no dia 22 de dezembro de 2024.&nbsp;Dez veículos estavam na estrutura quando ocorreu o desabamento. Dezoito pessoas estavam em carros, motos, caminhonetes e carretas e foram parar no Rio Tocantins. Do total de vítimas, 14 morreram, três estão desaparecidas e uma sobreviveu.

A estrutura será implodida às 14h de domingo, 2 de fevereiro.&nbsp;O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que será utilizada a&nbsp;técnica que utiliza o calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados nas partes da ponte que não desabaram.&nbsp;O perímetro de segurança é de 2.148m em Estreito e de 2.136m em Aguiarnópolis.

Segundo apurou a&nbsp;TV Anhanguera, técnicos da Defesa Civil de Aguiarnópolis foram em todas as casas que ficam no perímetro da ponte e que precisarão ser evacuadas durante o procedimento de demolição. O mesmo aconteceu em Estreito. Os moradores foram informados da necessidade de deixar os locais no momento da implosão.

O tenente Antônio Marcos Sousa, do Corpo de Bombeiros do Tocantins, explicou que a região é monitorada por órgãos de segurança e isso seguirá até o dia da implosão.

"O Corpo de Bombeiros Militar, juntamente com a Defesa Civil Municipal, está monitorando e colaborando com a empresa responsável pelas ações de implosão, para que este procedimento corra de forma eficiente e com a maior segurança possível, ressaltando que no dia da implosão será realizado um isolamento preventivo aqui de toda a área, evitando o trânsito de veículos e de pessoas, bem como será informada a população da necessidade da evacuação para que não ocorra esse tipo de acidente", explicou.

A reportagem apurou que, no domingo, as&nbsp;pessoas vão precisar deixar os imóveis uma hora antes da implosão, ou seja, às 13h.&nbsp;A travessia no Rio Tocantins,&nbsp;que está sendo feita por barcos gratuitamente,&nbsp;também será suspensa.&nbsp;Os moradores poderão voltar para casa meia hora após a implosão.

A prefeitura de Aguiarnópolis informou que está organizando um local para que os moradores possam esperar enquanto é feita a demolição da ponte.

"Vai ser disponibilizado um ginásio de esportes que fica aqui próximo ao local mas já está dentro do local de segurança e também pedimos ajuda tanto à Polícia Militar quanto à Polícia Rodoviária Federal, juntamente com a Defesa Civil e a Brigada Municipal, nós vamos estar dando esse suporte para que ocorra dentro da normalidade" afirmou o secretário municipal de Turismo e Meio Ambiente Cleder Jacome.

Além disso, a preparação também inclui a remoção do concreto da estrutura para que não cause impactos ao Rio Tocantins.

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Desabamento

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu.&nbsp;A causa do colapso ainda será investigada, de acordo com o órgão.

A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas. Pela estrutura passavam cerca de 2,1 mil veículos por dia. De acordo com o Governo do Estado, nessa época do ano o fluxo do posto fiscal em Aguiarnópolis. Sem poder contar com a ponte, os motoristas agora precisam desviar por rotas alternativas que aumentam o percurso em quase 200 quilômetros.

O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao&nbsp;g1, ele contou que&nbsp;estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias da ponte.

Íntegra da nota do DNIT

O DNIT informa que está confirmada para às 14 horas deste domingo (02) a implosão da estrutura remanescente da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226/TO/MA. A operação será por meio de fogo controlado - técnica que utiliza o calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados para fragmentar formações rochosas.

Os técnicos responsáveis pela ação fizeram vistorias cautelares nas residências que estão no perímetro da área de segurança da implosão, tanto do lado de Estreito (MA), quanto do lado de Aguiarnópolis (TO). De acordo com as vistorias, apesar da necessidade de evacuação, por medida preventiva de segurança, nenhuma residência será impactada.

O perímetro de segurança é de 2.148m em Estreito e de 2.136m em Aguiarnópolis.

Além da evacuação, estarão proibidos os tráfegos de veículos em todo o perímetro de segurança, inclusive no rio. Além do DNIT, a Polícia Rodoviária Federal e a Marinha do Brasil, também auxiliarão na operação a Defesa Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros e a prefeitura dos dois municípios.

As prefeituras de ambas as cidades vão informar a população sobre as restrições e a necessidade de evacuação. Caso necessário, o DNIT fará novos informativos orientativos sobre o tema.

A operação de implosão foi planejada e discutida tecnicamente com a ANTT, as concessionárias responsáveis pelas vias ferroviárias próximas ao local e com a Usina Hidrelétrica de Estreito. Durante a operação, o DNIT estará responsável apenas pelo monitoramento da infraestrutura.&nbsp;

Casas próximas à ponte que caiu entre TO e MA serão evacuadas durante implosão de estrutura que sobrou

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DEMOLIÇÃO 

Implosão derruba estrutura que sobrou de ponte que desabou entre o Tocantins e o Maranhão; assista

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As plataformas que restaram em pé da ponte ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis e Estreito (MA), foram implodidas na tarde deste domingo (2). Após dias de preparação tanto da estrutura como da população, o procedimento ocorreu às 14h.

A ponte ligava os estados do Tocantins e do Maranhão desde os anos de 1960. Com diversos problemas estruturais,&nbsp;ela desabou no dia 22 de dezembro de 2024 causando mortes e deixando um ferido e desaparecidos. Dez veículos entre carros, motos, caminhonetes e carretas, estavam na estrutura quando ocorreu o desabamento.

Durante a semana, moradores tanto a margem tocantinense como a maranhense foram informados da necessidade de evacuação das casas próximas à ponte. Em Aguiarnópolis, 50 imóveis foram desocupados a partir das 13h. Em Estreito (MA), moradores de 150 casas tiveram que sair temporariamente, até a finalização da implosão da ponte. Prefeitura e Defesa Civil fizeram as orientações e deram apoio na ação.

A etapa de implosão da ponte está dentro do cronograma para a construção da nova estrutura. O Consórcio Penedo – Neópolis, constituído pela Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada é responsável pela obra e tem o prazo para entrega de um ano.

O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como Manezinho da Implosão, foi o responsável pelo processo.&nbsp;Ele já participou de mais de 200 implosões, algumas das principais atuações foram em obras históricas brasileiras&nbsp;como o Presídio Carandiru, Edifício Berrini e o Estádio Fonte Nova.

Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) monitoraram&nbsp;o procedimento que utiliza a técnica de calor intenso e explosivos. O material foi colocado de forma estratégica para causar 'fraturas' no concreto e provocar o desmonte da estrutura da ponte.

O concreto que caiu às margens do Rio Tocantins será retirado por máquinas. Para facilitar o acesso, o solo abaixo da ponte passou por terraplanagem.

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Ponte é implodida entre o Tocantins e o Maranhão (Reprodução/TV Anhanguera)

<div class="p-readmore-box">
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</div>

Relembre o desabamento

Pouco antes das 15h do dia 22 de dezembro de 2024, o vão central da ponte JK cedeu.&nbsp;Pessoas que estavam nas proximidades conseguiram fazer vídeos do acidente&nbsp;que deixou famílias em luto nos dias que sucederam o colapso.

As condições da estrutura já era motivo de reclamação de autoridades e moradores tanto de Aguiarnópolis como de Estreito. O vereador Elias Júnior (Republicanos), do lado tocantinense, estava fazendo um vídeo para denunciar a situação da ponte no momento em que ela cedeu.

O parlamentar conseguiu filmar o momento que uma parte do asfalto cedeu por causa do rompimento do vão central. Elias acompanhou toda a movimentação para resgate das vítimas e lamentou que a situação mudou a realidade dos municípios.

"Todos aqui dependiam dessa ponte, da travessia dela para ir a Estreito, que é uma cidade bem maior. Por exemplo, a nossa cidade é como se fosse um bairro do tamanho de um bairro de Estreito. Não somente a Aguiarnópolis, mas cidades circunvizinhas. Tem cidade de 11 quilômetros, cidade de 30 quilômetros. Nós temos várias cidades que vinham e também passavam, como Palmeiras, Darcinópolis, Santa Terezinha, Nazaré, Tocantinópolis. Todos frequentavam a ponte para estar resolvendo alguma coisa aqui. Então tudo mudou", explicou Elias ao&nbsp;g1.

Como foram abertas fendas na estrutura que não desabou, carros e caminhões acabaram ficando presos na estrutura. Quando o acidente completou um mês, em 22 de janeiro, os veículos começaram a ser retirados. Um dos proprietários chegou a conseguir uma liminar na Justiça Federal para conseguir reaver o carro que ficou atravessado em um dos buracos da ponte.

Carga perigosa

Dos veículos que caíram no rio estavam carretas carregadas de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico.&nbsp;As cargas perigosas poderiam causar um desastre ambiental, mas os frascos não chegaram a se romper, segundo informações de órgão que monitoram a situação.

Nos primeiros dias, as buscas às vítimas chegaram as ser suspensas pelo risco que as cargas poderiam causar aos mergulhadores. Após avaliação da situação no fundo do rio com equipamentos da Marinha do Brasil, os mergulhos foram liberados e os corpos começaram a ser resgatados.

Sobre a retirada dos materiais agrotóxicos e ácido sulfúrico que ainda estão no fundo do rio, a empresa que é responsável pelos produtos contrataram outras empresas especializadas nessa área de produtos perigosos para coordenar as ações de retirada.

Em janeiro, com a cheia do Rio Tocantins por causa das chuvas foi preciso interromper as buscas submersas, que seguem suspensas. O aumento no nível do rio também levou à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, segundo a Marinha do Brasil.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a carga só poderá ser retirada do fundo do rio a partir do fim de abril, quando o nível começa a baixar.

Vítimas

O desabamento da ponte JK deixou 18 vítimas. Desse número, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados.

Até este domingo ainda há três pessoas desaparecidas. Eles são&nbsp;Salmon Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe Giuvannuci, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Veja quem são as vítimas encontradas no rio:

<ul>
	<li>Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos,&nbsp;era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO).&nbsp;O corpo dela foi localizado no domingo (22);</li>
	<li>Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos.&nbsp;O corpo dela foi localizado na terça-feira (24).&nbsp;Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;</li>
	<li>Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos.&nbsp;O&nbsp;corpo dele foi localizado na terça-feira (24).&nbsp;Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;</li>
	<li>Andreia Maria de Souza, de 45 anos.&nbsp;O corpo foi encontrado na terça-feira (24).&nbsp;Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;</li>
	<li>Anisio Padilha Soares, de 43 anos.&nbsp;O corpo dele foi localizado na quarta-feira (25);</li>
	<li>Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos.&nbsp;O corpo dela foi localizado na quarta-feira (25);</li>
	<li>Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos.&nbsp;O&nbsp;corpo dela foi encontrado por mergulhadores na manhã da quinta-feira (26). Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);</li>
	<li>Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos.&nbsp;O corpo dela foi localizado também na quinta (26);</li>
	<li>Alison Gomes Carneiro, de 57 anos.&nbsp;O vereador do PSD teve o&nbsp;corpo localizado na manhã de domingo (29).&nbsp;Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia.</li>
	<li>Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos.&nbsp;O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31)&nbsp;e estava dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues.&nbsp;Apenas ele sobreviveu a tragédia.</li>
	<li>Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos.&nbsp;O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31).&nbsp;A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues.</li>
	<li>Beroaldo dos Santos, de 56 anos.&nbsp;Ele foi retirado da água no fim da manhã de quarta-feira (1º), segundo a Marinha. O corpo dele havia sido localizado no domingo (29), dentro da água, na cabine da carreta que transportava as 76 toneladas de ácido sulfúrico.</li>
	<li>Na manhã de sexta-feira (3), um corpo foi encontrado no rio Tocantins. Era o mototaxista&nbsp;Marçonglei Ferreira, de 43 anos,&nbsp;que trabalhava na região.</li>
	<li>Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos,&nbsp;natural de Palmas, no Tocantins.&nbsp;A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA, realizado pelo Instituto de Análise Forense (IGF).</li>
</ul>

Só tem travessia para pedestres

As movimentações dos governos estadual e federal para arrumar soluções para travessia entre os estados começou ainda em dezembro. Foram anunciadas pelo menos duas datas sobre a possível travessia de veículos por balsa. Entretanto, atualmente, barcos contratados por iniciativa do governo estadual fazem a travessia entre Aguiarnópolis e Estreito de pedestres.

O DNIT chegou a anunciar a contratação da empresa Pipes Empreendimentos LTDA no valor de R$ 6.405.001,97. Mas a dispensa de licitação para contratação foi revogada porque houve descumprimento das obrigações contratuais por parte da Pipes, informou o departamento.

Enquanto a autarquia ligado ao Ministério dos Transportes não contrata outra empresa, a LN Moraes Logística LTDA foi autorizada a realizar o serviço de travessia por balsa no local pela Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). A medida foi publicada no Diário Oficial da União no dia 21 de janeiro. Esse serviço deverá ter cobrança à população.

Implosão derruba estrutura que sobrou de ponte que desabou entre o Tocantins e o Maranhão

Ação rápida

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia vai assinar, nesta quinta-feira (27), o contrato de parceria público-privada (PPP) que promete “modernizar, operar e dar manutenção na infraestrutura da iluminação pública da cidade”. De acordo com a prefeitura, o investimento será de R$ 581 milhões e a empresa deve trocar, até o Natal, 60 mil pontos de iluminação. A abrangência pode chegar a até 73 mil unidades até o final da concessão de 24 anos.&nbsp; 
“Vamos colocar iluminação de LED em toda cidade de Aparecida proporcionando mais qualidade de vida e segurança pública para todos os 600 mil habitantes”, disse o prefeito Leandro Vilela (MDB). O principal argumento para a mudança de equipamento é que as lâmpadas de LED consomem até 75% menos energia. Com isso, a estimativa da administração é economizar mais de 60% nos gastos com eletricidade.&nbsp; 
Além da troca das lâmpadas, o contrato também prevê que seja instalada iluminação especial nos monumentos históricos da cidade. O documento ainda garante a montagem da iluminação&nbsp;de Natal.&nbsp; 
Vilela assinará o contrato da PPP em solenidade na Prefeitura, em meio ao contexto de dificuldades financeiras na administração. Assim como ocorre em Goiânia, o prefeito de Aparecida aponta desafios nas finanças herdados da gestão anterior, de Vilmar Mariano (UB). O POPULAR mostrou que o déficit nas contas de Aparecida foi de R$ 459 milhões, que inclui R$ 100 milhões em pagamentos de pessoal atrasados (R$ 60 milhões de salários e R$ 40 milhões de acertos de comissionados).&nbsp;

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Prefeitura de Aparecida vai assinar contrato de parceria na iluminação

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Investimento

Cenários da pesquisa Genial/Quaest

O governador Ronaldo Caiado (UB) negou que o desconhecimento de seu nome por eleitores de outros estados não é entrave para a construção do projeto por candidatura à Presidência da República em 2026. Caiado avaliou ao POPULAR os números de nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, que ouviu eleitores de oito estados sobre o cenário nacional.

O levantamento, publicado nesta quarta-feira (26), mostra que 77% dos goianos conhecem Caiado e votariam nele para presidente. Outros 18% afirmaram que não votariam no governador na disputa nacional e 5% disseram que não sabem quem ele é. Por outro lado, o porcentual de eleitores que afirmaram desconhecer Caiado nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco (estados em que a pesquisa foi realizada) fica acima de 60%.

O caso mais relevante é em Pernambuco, onde 75% dos entrevistados disseram que não conhecem Caiado. O menor porcentual foi registrado no Paraná, com 64%. Já na Bahia, estado onde o gestor pretende lançar sua pré-candidatura no dia 4 de abril, 70% dos entrevistados responderam que não sabem quem é Caiado. Outros 8% afirmaram que conhecem o governador e votariam nele para presidente. De acordo com a pesquisa, 22% dos baianos declararam que o conhecem, mas não votariam no goiano.

“Desconhecimento não é entrave para uma candidatura. Ele se dissipa com o andamento da campanha. Nos próximos meses vou me dedicar a rodar o país como pré-candidato e falar das iniciativas bem-sucedidas em Goiás e da nossa visão de futuro para o Brasil”, afirmou Caiado em avaliação sobre a nova rodada da pesquisa.

A Genial/Quaest também questionou os eleitores sobre qual nome seria mais competitivo para disputa, em um cenário em que Jair Bolsonaro (PL) não seja candidato a presidente em 2026. O ex-presidente está inelegível até 2030, pois foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Os nomes apresentados foram o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos); a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL); o empresário Pablo Marçal (PRTB); a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB); o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e Caiado.

Em Goiás, Caiado é visto como o mais competitivo por 41%. No entanto, nos outros sete estados em que a pesquisa foi realizada, o porcentual varia entre 1% e 4%. “O que impede uma candidatura de obter sucesso é a rejeição, e tenho a menor entre todos os nomes colocados. Neste momento, o que importa, o que pesa mesmo é o desejo de mudança demonstrado pela população. Tenho certeza que minha trajetória, minha credibilidade de 40 anos de vida pública e minha independência moral se conectam com o desejo de mudança da população brasileira neste momento”, defendeu o goiano.

Caiado, no entanto, é o segundo pré-candidato menos rejeitado nos estados pesquisados, segundo o levantamento, atrás do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O mineiro tem o menor índice de eleitores que o conhecem e que, mesmo assim, escolhem não votar nele, em seis estados, dos oito apurados no levantamento.

Caiado só tem rejeição menor que a de Zema em Goiás, com 18% contra 20% do colega, e em Minas Gerais, onde o goiano é rejeitado por apenas 24% contra 43% do gestor local. O terceiro com níveis de rejeição mais baixos é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Esta rodada da pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 19 a 23 de fevereiro. O nível de confiança do levantamento é de 95%. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas face a face, com a aplicação de questionários estruturados.

<div attr-cid="policy:1.3235572" attr-version="policy:1.3235572:1740622146" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3235572" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3235572', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3235572">Cenários da pesquisa Genial/Quaest (1.3235572)</a></div>

Intenção de voto

O melhor resultado obtido por um opositor nos cenários de disputa eleitoral em segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorreu em Goiás, onde o governador tem 74% das intenções de voto contra 16% do petista. O goiano ainda empata com o presidente em São Paulo, onde ambos chegam a 36%.

O segundo mais bem colocado contra Lula foi o cantor Gusttavo Lima (sem partido), também em Goiás, onde o sertanejo chega a 55% das intenções contra 25% do mandatário. O terceiro foi Tarcisio de Freitas que chegou a 54% contra 30%, em cenário de segundo turno contra Lula em São Paulo.

Além das indicações para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2026, a pesquisa ainda apurou quais são os principais problemas enfrentados em cada estado e Goiás teve o menor índice de eleitores que indicaram a violência como o fator mais grave. Enquanto as taxas sobre o tema variam entre 11% e 44% nos outros sete estados, apenas 9% dos goianos indicaram este tema como o mais preocupante.

“Minha avaliação é que nós temos de comemorar esse porcentual sobre a segurança pública. Ao contrário de outros estados, a violência não está na ordem do dia em Goiás, graças ao que fizemos nos últimos seis anos e que se tornou referência para o país hoje. Realidade bem diferente do restante do país, que sofre com o avanço do crime”, apontou Caiado.

O principal problema apontado em Goiás foi a saúde, com 40%. “Todos nós sabemos que a saúde pública é um desafio permanente e que não depende apenas da gestão estadual, mas também do governo federal e prefeituras. Goiânia mesmo passou por uma crise enorme, que nós entramos para ajudar a resolver, mas a população não faz essa distinção sobre quem é o ente federativo responsável”, avaliou o governador.

Caiado ainda citou ter feito “mais que qualquer outro governo nessa área”, com aposta na regionalização, com a construção de novos hospitais e de policlínicas.

Divisão no UB

Cientistas políticos ouvidos pelo POPULAR apontam complicadores políticos e eleitorais que podem inviabilizar a possível candidatura do governador à Presidência. Apenas no nível de desconhecimento de 60% a 75% entre eleitores de oito estados pesquisados pelo instituto Genial/Quaest, os especialistas citam que os fatores internos no União Brasil e na direita brasileira são os principais empecilhos.

“Uma dificuldade previsível que o Caiado tem é a divisão do União Brasil, em especial no nordeste. Isso está posto desde quando o Lula atraiu o partido para o governo e tem definição com parlamentares e, principalmente, os ministros do partido. É um partido fisiológico desde sua criação, com a fusão de dois partidos que não tinham nada a ver um com o outro. É uma metamorfose pragmática”, diz o cientista político, Guilherme Carvalho.

Antes de anunciar o lançamento oficial de sua campanha à Presidência da República, Caiado buscou lideranças do partido para convidá-los ao evento, marcado para o dia 04 de abril, na Bahia. A candidatura antecipada de Caiado tem causado desconforto entre nomes de peso da sigla, que consideram um movimento estratégico ruim, diante do cenário político incerto para 2026. 
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ainda não confirmou presença no ato e o deputado Elmar Nascimento (UB-BA) não deverá comparecer, por exemplo.

“A candidatura de Caiado vai contra a identidade do União Brasil, que se caracteriza como partidos de lideranças locais que colocam, em primeiro lugar, seus projetos locais de poder. Portanto, abrem mão do protagonismo da política nacional. A candidatura de Caiado é um problema para o União Brasil, neste sentido, porque dificulta os arranjos locais. Isso justifica a ausência dos ministros e de outras lideranças”, avalia a professora de ciência política da UFRJ, Mayra Goulart.

“Outro elemento complicador para Caiado é o desconhecimento. Isso poderia ser resolvido, ao longo de uma campanha, com recursos e com a participação de bons cabos eleitorais, que abrissem espaço e apresentassem o Caiado nas localidades de todo o país. Ele tem essa dificuldade de ter isso no partido, porque as elites locais não querem se vincular nem com a oposição nem com o governo”, avalia a professora.

Mayra Goulart ainda explica que a ausência de cabos eleitorais que apresentem Caiado pelo país é influenciada pela falta de ligação do governador com a direita bolsonarista. “Há uma dificuldade de apoio do bolsonarismo a Caiado pelo fato de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda se apresenta como o principal candidato para 2026. Assim, Caiado entra em uma concorrência com o bolsonarismo, o que dificulta ainda mais essa ampliação”, avalia.

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Caiado reforça que viagens vão reduzir desconhecimento

Pesquisa Genial/Quaest

A Prefeitura de Goiânia está preparando a assinatura do contrato da parceria público-privada (PPP) do projeto <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-ainda-avalia-se-mantera-o-projeto-cidade-inteligente-1.3222500" target="_blank">Cidade Inteligente</a>. O leilão foi realizado em setembro de 2024, mas sofreu entraves por causa de liminares do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e no Judiciário, em ações que questionam a legalidade do processo. A expectativa é que o projeto seja remodelado pela gestão de Sandro Mabel (UB) para atender a determinações do TCM-GO.

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No leilão, o Consórcio Brilha Goiânia arrematou a concessão, que prevê R$ 1,4 bilhão em investimentos ao longo de 25 anos, em áreas como <a href="https://opopular.com.br/cidades/cameras-com-ia-ganham-ruas-de-goiania-1.3235072" target="_blank">iluminação pública</a>, construção de usinas fotovoltaicas, internet e sistema de videomonitoramento. O negócio foi fechado na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo.

De acordo com o procurador-geral do Município (PGM), Wandir Allan de Oliveira, as liminares do TCM-GO e do Judiciário que impediam a assinatura do contrato foram revogadas. Com isso, o documento pode ser firmado, desde que a Prefeitura atenda às condicionantes feitas pelo Tribunal de Contas. Segundo Oliveira, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) está viabilizando o atendimento às ressalvas do tribunal.

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Oliveira destacou a importância do projeto para economia do município, por meio da substituição das lâmpadas usadas atualmente por LED e geração de energia limpa com usinas fotovoltaicas. “Você vai ter um aprimoramento na questão da segurança pública, a partir das novas câmeras que vão ser instaladas. Vai ter um upgrade na rede de dados, porque tem toda uma rede de fibra óptica que vai ser instalada. Então, é um processo muito importante para o município, mas que não seria colocado em andamento sem a chancela tanto do Poder Judiciário quanto do TCM”, disse Oliveira.

<h2>Regras</h2>

Em acórdão publicado no dia 19 de fevereiro, os conselheiros determinaram a necessidade de a Prefeitura adequar a PPP para que não exista sobreposição quanto a outros contratos que já existem para iluminação pública. O TCM-GO fixou o prazo de 30 dias para a Prefeitura informar se vai celebrar o contrato e comprovar que cumpriu medidas determinadas (ou, pelo menos, demonstrar as providências adotadas para cumprir as demandas antes da celebração do contrato).

O tribunal também recomendou que seja criado um site, “em prestígio à transparência e ao controle social”, para publicar o desempenho da concessionária e “das externalidades positivas geradas com o empreendimento ao longo da execução contratual”. O relator foi o conselheiro Fabrício Motta.

A <a href="https://opopular.com.br/cidades/servico-de-carros-inteligentes-em-goiania-chega-ao-fim-sem-respostas-1.3234715" target="_blank">Cidade Inteligente</a> foi a principal bandeira de campanha de Maguito Vilela (MDB) em 2020. Ao longo da gestão de Rogério Cruz (SD), as iniciativas para cumprir a promessa do emedebista tiveram pouca expressão. A principal medida foi o leilão, realizado nos últimos meses do mandato, liderada pelo então secretário de Finanças, Vinícius Alves.