A crise dos preços dos ovos vai além do período de maior demanda na Páscoa e de mutações do clima. É um fenômeno internacional puxado pelos Estados Unidos, Europa e Ásia. Essas regiões vivem uma fase aguda da gripe aviária, o que tem reduzido o número de poedeiras, diminuído a produção de ovos e gerado uma necessidade maior de importação, o que mexe com os preços internacionais. Até o Brasil, que mantém internamente 99% de sua produção, está entrando com mais força no mercado internacional. Nos dois primeiros meses deste ano, o país exportou 4.884 toneladas de ovos, 38,2% a mais do que em igual período de 2024. O ritmo das exportações é crescente, com as vendas externas de fevereiro atingindo 2.527 toneladas, 57,5% a mais do que em igual mês do ano passado. Os principais compradores do Brasil em fevereiro foram Emirados Árabes e Estados Unidos, ambos com volume superior a 500 toneladas cada um, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).