A 20ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) deve acontecer de forma virtual, conforme decisão do Governo do Tocantins após reunião com equipe da Feira e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro). A Agrotins estava prevista para 5 a 9 de maio, mas acabou sendo adiada devido a pandemia da Covid-19.Em reunião nesta quinta-feira, 16, o secretário César Halum se reuniu com a equipe e recomendou levantamento de viabilidades para a realização da Feira. As equipes e parceiros da Feira já trabalham nas medidas para a realização virtual do evento, considerando a possibilidade de usar vídeos e outras tecnologias online para mostrar produtos e transmitir conhecimento.Conforme a Seagro, a Agrotins traz para os produtores rurais inúmeros incentivos, como a redução de taxas de juros, além de movimentar e impulsionar a economia no setor do agronegócio no Estado gerando emprego e renda. Este é o período do ano em que os produtores adquirem máquinas e implementos agrícolas em geral.

Equipes da Seagro do Tocantins trabalham para realização da Agrotins virtual em maio

Economia

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Matéria - Economia- JTO

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que a safra de grãos no Tocantins pode alcançar um número histórico e chegar a 8,5 milhões de toneladas em 2025. A expectativa representa um crescimento de aproximadamente 3% na área plantada e de mais de 11% na produção, indicando que as condições climáticas estão favoráveis, mesmo com atrasos iniciais.&nbsp;

Na safra 2023/2024, o estado registrou o terceiro maior crescimento em plantio de grãos no Brasil, com um aumento expressivo de mais de 10% em relação à safra anterior.&nbsp;

Segundo o governo do Tocantins, na safra atual alguns plantios se destacaram e entraram no cenário produtivo do estado. Confira:

<h2>Soja</h2>

A cultura se manteve como o principal ativo econômico, passando de 1,31 milhão de hectares para mais de 1,46 milhão de hectares, um crescimento de 10,4% em comparação à safra 2022/2023.

<h2>Gergelim</h2>

O plantio passou de 51,6 mil hectares plantados na safra 2022/2023 para 87,9 mil hectares na safra 2023/2024, um aumento superior a 70%. Essa cultura tornou-se uma alternativa viável para os produtores, especialmente em anos de condições climáticas adversas.

<h2>Feijão</h2>

O feijão também registrou crescimento expressivo, saltando de 51 mil hectares para 71,4 mil hectares, uma elevação de 40,1%.

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<h2>Arroz</h2>

O plantio de arroz também apresentou uma recuperação significativa nesta safra, passando de 88 mil hectares para 131 mil hectares, um aumento de 48,8%, elevando ainda mais a produção desse alimento essencial para a mesa dos brasileiros.

<h2>Fruticultura</h2>

No setor da fruticultura, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Tocantins se destaca pela produção de abacaxi, com 5,1 mil hectares cultivados, seguido pela banana com 4,2 mil hectares e a melancia com 3,5 mil hectares.&nbsp;

O plantio de abacaxi é concentrado na região central do Estado, enquanto a banana é cultivada no projeto hidroagrícola Manoel Alves e a melancia nas várzeas tropicais.

<h2>Etanol/Milho</h2>

Outra atividade econômica relevante para o estado é a implantação de usinas de etanol de milho, com três novas usinas previstas para entrar em operação nos próximos anos.&nbsp;

Esse processo de agroindustrialização deve impulsionar a expansão da área plantada e da produção do cereal, além de fomentar novas cadeias produtivas, especialmente para a criação animal.

Para o engenheiro agrônomo da Seagro, Thadeu Teixeira Júnior, esses avanços refletem o potencial agrícola do Tocantins. “O estado possui uma vasta extensão de terras férteis e um clima propício ao desenvolvimento de diversas culturas”, concluiu Thadeu, por meio da assessoria.&nbsp;

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Safra de grãos no Tocantins pode chegar a 8,5 milhões de toneladas em 2025

AGRO

<img attr-cid="policy:1.3200081" attr-version="policy:1.3200081:1731762356" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3200081/lagoa.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Plantio de arroz em Lagoa da Confusão (Marcílio Ferreira/Divulgação)

O município de Lagoa da Confusão, localizado na região sudoeste do Tocantins, é reconhecido com o 4° maior valor de produção de arroz do país. A produção de R$ 729,1 milhões, representa 4,1% do total nacional. Os dados são de um levantamento divulgado em outubro deste ano pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), referente ao ano de 2023.

O município também figura entre os 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro, ocupando a 94ª posição.&nbsp;

Em entrevista ao Jornal do Tocantins, o presidente da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest), Wagno Milhomem, ressaltou a importância da associação para os produtores da região. [Confira a entrevista completa no fim da reportagem].&nbsp;

“A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins foi fundada em 31 de janeiro de 2017 com o objetivo de exercer uma representação dos interesses coletivos dos produtores irrigantes, especialmente para organizar o sistema de produção e contribuir para o desenvolvimento da região".&nbsp;

A Aproest atua diretamente com produtores rurais e comunidades da região Sudoeste compreendendo os municípios de Lagoa da Confusão, Cristalândia, Santa Rita do Tocantins, Dueré, Formoso do Araguaia e Pium.

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<h2>Produção de arroz&nbsp;</h2>

Wagno Milhomem ressalta também a produção de arroz no estado. "Na primeira safra, a principal cultura é o arroz irrigado, com aproximadamente 150.000 hectares dedicados a essa produção, resultando em produção de 600 mil toneladas por ano".

Ele acrescenta a importância da Aproest para o cultivo de arroz.&nbsp;

"O arroz é a principal produção no estado. O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, e isso se deve logicamente à produção na nossa região e hoje a Lagoa da Confusão, por exemplo, é o quarto municipio com maior valor de produção de arroz no Brasil. Nós temos todo um sistema de plantio que é por subirigação, no qual bombas são instaladas nos rios e são abertos e são feitos os canais onde é bombeada a água e com isso o abastecimento se dá hídrico, para que a gente tenha condições de produzir com mais segurança".

<h2>Novos projetos&nbsp;</h2>

Para o próximo ano, a Aproest pretende priorizar a elaboração&nbsp; do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Polo. "Ele vai nortear as ações todas voltadas para estruturação definitiva e consolidação do nosso polo de agricultura irrigada. Mas paralelo a essa elaboração vamos continuar encaminhando os projetos para obras hídricas e demais obras de infraestrutura necessária também, além dos programas socioambientais que nós vamos introduzir na região”.

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Presidente da Aproest, Wagno Milhomem (Gabriela Souza/Divulgação)

Confira a entrevista completa

O que é associação? E quais os objetivos?

A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) foi fundada em 31 de janeiro de 2017, com o objetivo de exercer uma representação dos interesses coletivos dos produtores irrigantes, especialmente para organizar o sistema de produção e contribuir para o desenvolvimento da região.&nbsp;

Hoje, a associação conta com aproximadamente 45 associados e tem se destacado, principalmente, no trabalho de representação, incluindo a participação em discussões judiciais, através de uma Ação Civil Pública promovida em 2016 pelo Ministério Público sobre o uso da água para a agricultura.

Atualmente, a Aproest coordena o Polo de Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins, que foi recentemente, no mês de agosto, reconhecido pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. O polo agora conta com um novo modelo de governança, e um grupo gestor foi constituído para administrar principalmente as obras estruturantes, além de programas com forte caráter socioambiental, que serão introduzidos na região. A Aproest, por ser a associação que representa os produtores irrigantes, é a responsável por conduzir todo esse processo em parceria com os órgãos institucionais, tanto do setor privado quanto público, estadual e federal.

Onde a associação atua?

A Aproest representa os produtores da região Sudoeste do Tocantins, que são 18 municípios. Mas hoje a agricultura irrigada nossa está em seis municípios (Lagoa da Confusão, Cristalândia, Santa Rita do Tocantins, Dueré, Formoso do Araguaia e Pium), e a associação trabalha para expandir essa área e otimizar o uso dos recursos hídricos.

Quais dados sobre a produção?

Na primeira safra, a principal cultura é o arroz irrigado, com aproximadamente 150.000 hectares dedicados a essa produção, resultando em produção de 600 mil toneladas por ano. Na segunda safra, é a produção de soja para sementes, melancia e feijão, com o plantio ocorrendo entre 20 de abril e 31 de maio. E tem também áreas que são utilizadas para o plantio de feijão como terceira safra. Então se produz o arroz na primeira safra, um pouco de milho, a melancia e a soja com as sementes na segunda safra e na terceira o feijão.

O arroz é a principal produção da região?

Sim, o arroz é a principal produção. O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, e isso se deve logicamente à produção na nossa região e hoje a Lagoa da Confusão, por exemplo, é o&nbsp;quarto municipio com maior valor de produção de arroz no Brasil.&nbsp;

Como é feito o trabalho de irrigação pelos produtores?

Nós temos todo um sistema de plantio que é por subirigação, no qual bombas são instaladas nos rios e são abertos e são feitos os canais onde é bombeada a água e com isso o abastecimento se dá hídrico, para que a gente tenha condições de produzir com mais segurança.

O que ainda precisa ser feito para avançar na produção?

Apesar do grande potencial hídrico da região, o estado ainda precisa avançar na gestão e no aproveitamento adequado dos recursos hídricos. A Aproest está trabalhando junto aos órgãos estaduais e federais para garantir que todo o potencial da região seja aproveitado. Atualmente, nós contamos com 150 mil hectares de áreas irrigadas, mas a capacidade da região permite expandir para 400 ou até 500 mil hectares. Isso está sendo discutido no âmbito do grupo gestor do Polo de Agricultura Irrigada, qual que é a infraestrutura necessária para a gente aproveitar todo o potencial que a região oferece para se produzir em maior escala.&nbsp;

Como foi a viagem a Brasília?

Recentemente, a Aproest realizou uma viagem a Brasília, onde teve cinco reuniões em 24 horas com Ministérios e órgãos como a Codevasf e a Agência Nacional de Águas (ANA). O objetivo foi apresentar uma proposta para a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Polo de Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins, com foco na estruturação do polo para receber investimentos públicos e privados. O plano inclui a conclusão da infraestrutura hídrica, a construção de estradas e a implementação de programas socioambientais. A Aproest também reforçou a importância de uma relação construtiva entre os produtores e os governos (estadual e federal), além das entidades privadas, para viabilizar o avanço do projeto.

Quais os projetos em andamento?

Durante a visita a Brasília, a Aproest apresentou projetos para a construção de três novas barragens elevatórias. Hoje nós contamos com&nbsp; 25 barragens elevatórias construídas pelos produtores na região e 14 em construção pela Codevasf, um projeto da Aproest.&nbsp;

E outras três nós apresentamos nessa viagem a Brasília, e iniciamos conversas para a construção do barramento do Rio Pium, é uma barragem que tem condições de praticamente triplicar as áreas em produção naquela região, de produção irrigada.&nbsp;

É um projeto&nbsp; grande que tem estudos ambientais já que foram já desenvolvidos pelo governo do estado há décadas atrás, mas nós fomos até o governo buscando essas informações levamos agora para Brasília para que a chamada Barragem do Pium, ou P8 ela seja construída com recursos públicos&nbsp; e a proposta tá lá, nós vamos agora atualizar essas informações, atualizar o projeto e submeter o protocolar lá no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e na Codevasf nos próximos meses.&nbsp;

Quais os planos para o próximo ano?

Em 2025, a Aproest pretende priorizar a elaboração&nbsp; do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Polo, que vai nortear as ações todas voltadas para estruturação definitiva e consolidação do nosso polo de agricultura irrigada. Mas paralelo a essa elaboração, a exemplo do que fizemos nessa viagem, vamos continuar encaminhando os projetos para obras hídricas e demais obras de infraestrutura necessária também, além dos programas sociosambientais que nós vamos introduzir na região.

Lagoa da Confusão é o 4º município com maior valor de produção de arroz do país, aponta levantamento

Agronegócio

A partir desta segunda-feira (1º) até 30 de setembro, os sojicultores tocantinenses estão proibidos de fazer o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em lavouras de sequeiro no estado.De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), a medida conhecida como vazio sanitário é uma ferramenta de prevenção e controle da ferrugem asiática, principal praga que ataca a soja.A Adapec alerta os sojicultores que a responsabilidade pela eliminação de todas as plantas vivas de soja voluntárias ou não, é exclusivamente dos produtores ou dos ocupantes da área, e a não eliminação estará sujeito a sanções previstas em lei.<h2>Excepcionalidade</h2>Durante o período proibitivo do vazio sanitário, os cultivos excepcionais de soja para fins de pesquisa em terras altas e produção de soja sementes, sementes para uso próprio e pesquisa/ensino nas Planícies Tropicais sob sistema de subirrigação estão autorizadas no Tocantins.<h2>Ferrugem Asiática</h2>A ferrugem asiática da soja é a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações por meio do vento.Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente.&nbsp;&nbsp;

Vazio sanitário: plantio da soja fica proibido até dia 30 de setembro para controle de pragas

Cidades

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A Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) atingiu um novo recorde em volume de negócios. No total, foram movimentados R$ 4,24 bilhões, representando um aumento de 44% em comparação à edição de 2023, conforme divulgado pelo Governo do Estado.Realizada entre os dias 14 e 18 de maio no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Medanha, localizado na rodovia TO-050, saída para Porto Nacional, a Agrotins teve como tema a Bioeconomia.Leia também:<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/mulheres-do-agro-contam-desafios-e-conquistas-em-ambientes-predominantemente-masculinos-1.2787997" target="_blank">Mulheres do agro contam desafios e conquistas em ambientes predominantemente masculinos</a><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/tradi%C3%A7%C3%A3o-e-com%C3%A9rcio-exposi%C3%A7%C3%A3o-de-animais-%C3%A9-um-dos-destaques-da-agrotins-1.2787843" target="_blank">Tradição e comércio: exposição de animais é um dos destaques da Agrotins&nbsp;</a>Em cinco dias, a feira recebeu 232 mil visitantes, que conferiram as inovações e tecnologias apresentadas por 1.096 expositores, incluindo empresas de pequeno e grande porte, grandes marcas nacionais e internacionais, instituições governamentais, universidades, veículos de comunicação, agricultores familiares, players e holdings multinacionais.O volume de negócios realizados no evento abrangeu a comercialização de máquinas, implementos, insumos, serviços de pequenos negócios, contratos de construção para implantação de agroindústrias e produtos da bioeconomia, impulsionando a movimentação econômica da capital.O anúncio sobre a movimentação financeira foi feito pelo governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), na tarde deste sábado (18).