Apesar de as gestões do PT serem marcadas pela defesa do investimento público, o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entende que é preciso elevar a participação do capital privado nos projetos de infraestrutura, especificamente em rodovias e ferrovias. No ano passado, os recursos privados somaram 49%. A meta é elevar essa fatia a 75% até 2026. A busca pelo capital privado está ancorada em um plano de concessões que reúne projetos que estavam parados e também novas propostas. No conjunto serão 35 rodovias, com a perspectiva de atrair US$ 41,9 bilhões (R$ 242 bilhões) em investimentos, e cinco novas ferrovias, cujos aportes estão estimados em US$ 13,5 bilhões (R$ 75 bilhões). Se todo esse conjunto de leilões vingar, o cronograma de desembolsos nessas duas modalidades de transportes pode ter um aumento de 110% até o início da próxima década --sairia de um aporte anual de pouco mais de US$ 5,2 bilhões (R$ 30 bilhões), registrado em 2023, para quase US$ 11 bilhões (R$ 63 bilhões) no ano de 2030, levando o investimento privado a representar 78% do bolo total.