Apostadores da cidade de Combinado, na região sudeste do Tocantins acertaram os 15 números do último concurso da Lotofácil e levaram para casa o prêmio de R$ 1.032.434,40. Confira <a href="https://loterias.caixa.gov.br/Paginas/Locais-Sorte.aspx?modalidade=LOTOFACIL&amp;concurso=3244&amp;titulo=Lotof%C3%A1cil" target="_blank">aqui</a> o resultado.

O sorteio foi realizado na noite de quarta-feira (13), no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP), e pertence ao concurso 3.244.

Confira os números sorteados: 1 - 2 - 3 - 4 - 6 - 7 - 9 - 10 - 12 - 14 - 15 - 16 - 17 - 19 - 25.

No total, quatro apostas acertaram todos os 15 números e, por isso, cada uma receberá o prêmio de R$ 1.032.434,51. Além de Combinado, as apostas vencedoras são das cidades de Salvador (BA), Ribeirão Pires (SP) e Foz do Iguaçu (PR).

Outro bolão com 16 cotas, feito na mesma casa lotérica de Combinado, fez 14 acertos e faturou R$ 56.380,80.

O próximo sorteio da Lotofácil ocorrerá nesta quinta-feira (14), com uma estimativa de prêmio de R$ 1,7 milhão.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/concurso-e-empregos/concurso-da-guarda-municipal-de-porto-nacional-tem-inscric-es-prorrogadas-1.3199079" target="_blank">Concurso da Guarda Municipal de Porto Nacional tem inscrições prorrogadas&nbsp;</a> 
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<h2>Como jogar na Lotofácil</h2>

Para participar da Lotofácil, o jogador deve marcar entre 15 e 20 números no volante, que possui 25 opções. Caso prefira, é possível optar pela Surpresinha, onde os números são escolhidos automaticamente pela Caixa Econômica Federal.

São premiadas as apostas que acertarem 11, 12, 13, 14 ou 15 números. O valor da aposta e a chance de acerto variam conforme a quantidade de números escolhidos.

A Lotofácil realiza 6 sorteios semanais, de segunda a sábado, sempre às 20h.

Aposta de Combinado leva mais de R$ 1 milhão na Lotofácil

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SORTE

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Araguaína registrou uma população de 171.301 habitantes no último censo de 2022 (Marcos Filho/ Secom Araguaína)

Localizada entre os rios Araguaia e Tocantins, Araguaína, a segunda maior cidade do estado, celebra nesta quinta-feira (14) seus 66 anos de história e crescimento. Apenas Palmas, a capital do estado, supera Araguaína em população.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade registrou uma população de 171.301 habitantes no último censo de 2022, com uma estimativa de 181.493 pessoas para 2024.&nbsp;

Considerado um dos municípios mais importantes do Tocantins, Araguaína tem uma localização estratégica, inserida na região de expansão da fronteira agrícola das regiões Norte e Nordeste, e se destaca como um polo econômico crescente no estado.

Em 2023, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos)sancionou a Lei Estadual 4.200, que oficializou Araguaína como a Capital Econômica do Tocantins. A prefeitura da cidade ressaltou que, desde sua emancipação em 1958, o município experimentou um crescimento acelerado, superando os padrões da antiga região Norte de Goiás.&nbsp;

A araguainense e dona de casa Vanessa Gomes de Castro, de 32 anos, que tem uma filha de um ano, contou ao Jornal do Tocantins que nunca pensou em morar em outro lugar.

"Eu nasci aqui em Araguaína. Eu vejo que a cidade está avançando bastante. Hoje a gente vê Araguaína como uma referência. Eu sou confeiteira e estou criando minha filha aqui. Eu pretendo ficar em Araguaína, não pretendo sair”.

Ela ressalta que a cidade oferece oportunidade para pessoas com qualificação.

"Acho que aqui em Araguaína há muitas oportunidades, se tivermos qualificação, conseguimos fazer muita coisa. Eu fico pensando: 'Nossa, como Araguaína evoluiu!' Não tinha essas coisas, como um shopping. Então, minha visão sobre a cidade é positiva. Acho que ainda há muito o que melhorar, sempre há o que melhorar , mas está avançando, com certeza, não está estagnada".

Já o influencer Eduardo Alves, 34 anos, apesar de não ser natural de Araguaína, conta que a cidade o acolheu desde que chegou.&nbsp;

"Eu sou Influencer, tenho 34 anos, sou natural de Acaraú-Ce, cheguei em Araguaína em 2015 para estudar, desde então nunca mais fui embora da cidade. Aqui em Araguaína eu me encontrei, uma cidade acolhedora e com muitas oportunidades, logo me encontrei aqui. Me sinto totalmente araguainense com muito amor".

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/gurupi-66-anos-capital-da-amizade-celebra-mais-um-ano-de-historia-e-progresso-1.3198785" target="_blank">Gurupi 66 anos: 'Capital da Amizade' celebra mais um ano de história e progresso&nbsp;</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/gurupi-araguaina-e-outras-nove-cidades-do-tocantins-fazem-aniversario-nesta-quinta-feira-veja-lista-1.3198957" target="_blank">Gurupi, Araguaína e outras nove cidades do Tocantins fazem aniversário nesta quinta-feira; veja lista&nbsp;</a></div>

<h2>Investimentos&nbsp;</h2>

A Prefeitura de Araguaína destacou ao Jornal do Tocantins que tem investido em infraestrutura para acompanhar o crescimento.

Entre os projetos em andamento citados está o Projeto de Saneamento Integrado Águas de Araguaína, que visa transformar a cidade, melhorando a mobilidade urbana, recuperando nascentes e gerando empregos. A Via Norte, que liga diversos bairros ao centro, é um dos principais projetos da prefeitura, além da canalização dos córregos Canindé e Neblina, que vai ajudar a melhorar a drenagem das águas pluviais e reduzir alagamentos.

Mas além da Via Norte que já está na sua segunda etapa, outros córregos também estão sendo recuperados e ganhando novas avenidas que os acompanham, segundo a prefeitura. Três novos parques e outras três bacias de detenção também estão sendo construídas, como a Bacia Canindé, já implantada próximo ao parque Cimba.

“Os recursos foram garantidos por meio de empréstimo de mais de R$ 350 milhões junto ao CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), oito obras já foram entregues e outras seis estão sendo executadas”.

Outro&nbsp; investimento citado é o Centro de Convenções de Araguaína, o primeiro Centro de Convenções da região norte do estado, trazendo um espaço adequado para atividades de lazer, cultura e negócios, como congressos, convenções, simpósios, seminários, conferências e grandes eventos de porte nacional e internacional.

"Esse grande marco do crescimento de Araguaína está localizado no cruzamento da Via Lago, principal cartão postal da cidade, com a Avenida Filadélfia. Com um investimento de R$ 13,6 milhões, o espaço público tem 5.700 m² de área edificada com salão geral para eventos, exposições e shows, lavabos com acessibilidade, salas de aula ou reuniões, administração, cozinhas e um terraço. Ao todo, são 7 mil m² de área ao ar livre, o que é equivalente a quase dois campos de futebol, com calçadas e um estacionamento para cerca de 200 veículos", explicou.

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Prefeitura de Araguaína destacou que tem investido em infraestrutura para acompanhar o crescimento (Marcos Filho/ Secom Araguaína)

<h2>Cultura e turismo</h2>

A Prefeitura de Araguaína ressaltou ainda que a cidade possui um dos arraiás mais tradicionais do Tocantins, o São João do Cerrado, além de várias iniciativas culturais, como as festividades pelo aniversário da cidade.&nbsp;

O Município também executou os editais da Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc de apoio à cultura e neste ano a prefeitura entregou o Espaço Cultural totalmente revitalizado e ampliado para receber diversas manifestações artísticas.

No esporte, a prefeitura destacou que a cada ano, a cidade se posiciona como referência nas corridas de ruas, com o circuito que inclui três provas (Corrida do Trabalhador, Corrida do Pé de Pequi e Corrida do Parque Cimba); ciclismo, com o Desafio MTB do Garimpinho, e pesca esportiva, com o Torneio de Pesca do Garimpinho. Outras modalidades estão se destacando e recebendo apoio do Município, como o jiu-jitsu e o judô.

No turismo, a cidade fez um investimento em uma identidade turística própria que será apresentada em breve para a cidade, um novo posicionamento de mercado colocando Araguaína como o portal de entrada para as atrações ecológicas da região da Amazônia Legal.

A prefeitura acrescenta ainda que é previsto para ser inaugurado este ano, o Centro Canoagem, equipamento inédito na região norte, será um espaço para treinamento e formação de novos atletas.

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A segunda maior cidade do estado, celebra seus 66 anos (Marcos Filho/ Secom Araguaína)

Araguaína completa 66 anos com destaque para o crescimento econômico e infraestrutura

Cidades

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Matéria - Cidades- JTO

Norte do Estado

O Brasil é um dos países do G20 com a maior média de horas semanais trabalhadas, segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Com uma média de 39 horas trabalhadas por semana, o Brasil fica atrás apenas de Índia, China, México, África do Sul, Indonésia e Rússia, considerando as nações do grupo. A Índia lidera o ranking com uma média de 46,7 horas de trabalho semanal e com 51% de seus trabalhadores com uma carga de mais de 49 horas de trabalho por semana. O país é acompanhado pela China com uma média de 46,1.

O debate sobre a escala 6x1 (seis dias de trabalho e um de descanso semanal) ganhou força nos últimos dias. Uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), apresentada em 1º de Maio, propõe o fim da escala e a adoção de uma jornada de 36 horas semanais, dividida em quatro dias. A medida, que conta com o apoio de mais de 130 parlamentares, ainda precisa alcançar 171 assinaturas dos 513 parlamentares da Casa para avançar no Congresso.

Entre todos os países apresentados nos dados da OIT, o Butão, localizado entre a China e a Índia, é o que tem a maior carga laboral, com uma média de 54,4 horas semanais e mais de 60% de seus trabalhadores exercendo suas funções por mais de 49 horas semanalmente.

Com relação aos países do G20, o Canadá aparece com a menor média de carga de trabalho, com 32,1 horas por semana. Apenas 9% dos trabalhadores do país exercem uma jornada de mais de 49 horas. Dentro do grupo, o país é acompanhado pela Austrália, Alemanha e França, com médias de 32,3; 34,2 e 35,9, respectivamente.

No ranking geral, o país com a menor média de trabalho semanal é Vanuatu, localizado na Oceania, com uma média de 24,7 horas e apenas 4% dos empregados com carga de mais de 49 horas por semana.

A OIT afirma que a carga horária adequada é uma das partes centrais do trabalho decente e que essa variável traz impactos diretos no bem-estar e nas condições de vida dos trabalhadores.

O indicador, no entanto não reflete a produtividade do trabalho de cada país, isto é, o valor produzido por hora trabalhada, que leva em conta fatores como tecnologia e escolaridade.

Por exemplo, embora trabalhadores de países desenvolvidos como Alemanha, França e Estados Unidos trabalhem menos que no Brasil, o volume produzido é maior, o que abre mais espaço para redução das jornadas.

Esse é um dos argumentos usados pelas entidades contrárias às mudanças na jornada de trabalho propostas pela PEC. Segundo a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), uma redução da jornada no país pioraria o cenário e deixaria o ambiente de negócios brasileiro menos atrativo.

Carga de trabalho no Brasil é maior que no Japão, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos

Economia

Economia - título

Matéria - Economia- JTO

escala 6x1

Uma pesquisa realizada pelo Procon Tocantins em estabelecimentos de Araguaína, no norte do estado, encontrou variações de preços de até 160% em diversos tipos de carnes. Para conferir a pesquisa completa acesse aqui&nbsp;

O levantamento foi realizado nos dias 11 e 12 de novembro em 10 estabelecimentos e incluiu 31 cortes, como carnes bovinas, suínas, frango e linguiças. A pesquisa, que é feita mensalmente, tem como objetivo ajudar os consumidores a identificar os melhores preços, promovendo escolhas mais conscientes e econômicas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/filhotes-de-tatus-s-o-resgatados-na-br-153-apos-acidente-1.3198515" target="_blank">Filhotes de tatus são resgatados na BR-153 após acidente&nbsp;</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/magazine/estatua-do-padre-luso-e-inaugurada-em-casar-o-de-porto-nacional-1.3198441" target="_blank">Estátua do Padre Luso é inaugurada em casarão de Porto Nacional&nbsp;</a></div>

De acordo com o Procon, a costela dianteira foi o item com a maior variação, com preços variando de R$ 14,99 a R$ 38,99, o que representa uma diferença de 160%. A linguiça mista também apresentou uma variação significativa de 150%, sendo encontrada entre R$ 10,00 e R$ 25,00. Já o chambari teve uma variação de 146%, com preços de R$ 10,99 a R$ 26,99.

Entre os cortes de frango, o coração de frango foi o que mais variou, com preços entre R$ 24,99 e R$ 55,97, uma diferença de 124%. Nas carnes de porco, o lombo apresentou variação de 90%, sendo comercializado de R$ 20,90 a R$ 39,74. Para os peixes, o tambaqui foi o que teve a maior variação, de 18%, com preços entre R$ 19,45 e R$ 22,99.

O Procon Tocantins orienta que qualquer irregularidade na produção, manuseio, armazenamento ou comercialização de carnes deve ser denunciada. As denúncias podem ser feitas pelo Disque Procon 151 ou pelo WhatsApp (63) 99216-6840.

Carnes têm variação de preço em até 160% no norte do estado

A escala de trabalho 6 X 1, na qual o descanso remunerado ocorre apenas aos domingos, virou alvo de uma proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que quer mudar a Constituição para alterar a jornada dos trabalhadores.

Ela busca recolher número suficientes de assinaturas para poder seguir com a tramitação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) a ser discutida na Câmara dos Deputados e no Senado.

Para ser debatida, a PEC precisa de, no mínimo, assinaturas de 171 dos 513 deputados. Nesta segunda-feira (11), a deputada afirma já ter ultrapassado 100 assinaturas.

O texto da PEC propõe alterar o artigo 7º da Constituição, no inciso 8, que trata sobre a jornada de trabalho. A sugestão é de quatro dias semanais de trabalho, medida adotada em alguns países do mundo e que chegou a ser testada no Brasil por algumas empresas.

O trecho passaria a vigorar da seguinte forma: "A duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho".

Hoje, a Constituição determina jornada de trabalho limitada a "oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho".

À reportagem, a deputada Erika afirma que a ideia surgiu a partir de uma provocação do Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), encabeçado pelo recém-eleito deputado Rick Azevedo (PSOL-RJ).

A proposta foi protocolada por ela na Câmara em 1º de Maio, quando se celebra o Dia do Trabalho no Brasil e no mundo, ocasião na qual também a levou ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, mas passou a ter repercussão maior nos últimos dias.

"Abracei de imediato por compreender ser um debate importante, relevante", diz.

Erika fez um pedido para a realização de uma audiência pública, que até agora não ocorreu. Segundo ela, no entanto, a audiência está aprovada e deve ser realizada em breve. O que ela quer é dar início aos debates com toda a sociedade civil organizada, envolvendo não apenas trabalhadores, mas empregadores de vários setores.

"Dentro da Câmara essa era uma conversa que estava acontecendo mais no nosso campo, mas muito tímida. Agora isso mudou de figura, porque a PEC ganhou uma repercussão nacional, tem estado entre os assuntos mais comentados do final de semana."

A proposta de instituir jornada de quatro dias de trabalho já vem recebendo críticas. Segundo ela, no entanto, esse é um ponto de partida.

"Estamos observando que outros setores estão tentando levar para outro lugar. Na política não existe texto cristalizados, termos a oportunidade de discutir os melhores caminhos. Estamos propondo algo para discutir não só com os trabalhadores, nós queremos ouvir os empresários, política se faz com negociação", diz.

A deputada afirma ainda ser simpática à antiga proposta das centrais sindicais, de redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem prejuízo do salário.

<h2>O QUE PODE MUDAR?</h2>

Segundo o advogado Marcos Vinícius Nascimento, sócio do Nicoli Sociedade de Advogados, esse tema é bastante relevante e tende a ter grande apoio dos trabalhadores, mas requer muito debate e estudos.

A medida alteraria o texto da Constituição. Com isso, ele não vê necessidade de alterar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), já que a Constituição se sobrepõe a ela, mas pode alterar a rotina de diversos setores, principalmente os que necessitam de trabalho 24 horas por dia.

Ele cita como exemplo segurança, vigilância, saúde e até mesmo algumas indústrias.

"Aumenta a empregabilidade, mas pode onerar o empregador, que terá mais encargos com empregos formais", diz.

<h2>COMO É HOJE A JORNADA DO TRABALHADOR?</h2>

Pela regra atual da Constituição, a jornada de trabalho é de oito horas diárias, limitadas a 44 horas semanais, o que daria uma escala de trabalho 6 X 1 na maioria da categorias, mantendo a atividade de setores como comércio e serviços em supermercados, drogarias e shoppings centers, por exemplo.

O trabalhador com jornada de oito horas diárias tem direito a uma hora de intervalo para alimentação, o que, ao todo, o deixa cerca de nove horas à disposição da empresa.

Se ultrapassar as oitos horas diárias, o empregador deve pagar hora extra, caso não tenha outra forma de compensação, como banco de horas proposto em acordo ou convenção coletiva.

A hora extra de trabalho é paga no valor de 50% ao da hora de trabalho normal. O trabalhador tem de ter um descanso de 12 horas entre uma jornada e outra.

<h2>QUAL A JUSTIFICATIVA PARA A MUDANÇA?</h2>

As justificativas são duas: a saúde dos trabalhadores e a produtividade. Estudos feitos com base em jornadas menores em outros países demonstram que o trabalhador ficaria mais produtivo com mais tempo livre para descanso, vida em família, estudos e para cuidar de si.

Para Nascimento, no entanto, é preciso observar as peculiaridades da sociedade brasileira. "O ponto principal vai ser esse: hoje o Brasil tem maturidade para seguir como em outros países onde a jornada tem sido reduzida? No papel, é uma coisa, mas pode ser que se discuta a redução de salário do trabalhador."

Na justificativa para propor a mudança, a deputada diz que ser "de conhecimento geral que a jornada de trabalho no Brasil frequentemente ultrapassa os limites razoáveis", sendo "uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores".

<h2>COMO FICARIAM AS OUTRAS JORNADAS?</h2>

O Brasil tem jornadas de trabalho variadas, como de seis horas diárias, por exemplo, de quatro horas para menores aprendizes e de 12 X 36 utilizada na área da saúde. O advogado acredita que, como já são exceção à regra geral constitucional, essas jornadas não devem mudar.

Qual a mudança trazida pela reforma trabalhista de 2017 na jornada de trabalho?

A jornada básica de trabalho constitucional, de oito horas por dia e 44 horas semanais, não foi alterada. Houve apenas a possibilidade de redução do intervalo para alimentação, que pode ser de 30 minutos, dependendo de acordo ou convenção coletiva.

A regra principal da reforma foi privilegiar o negociado sobre o legislado, ou seja, o que está em convenção ou acordo coletivo de trabalho pode valer mais do que a lei, desde que não seja esteja ferindo a Constituição.