O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, esteve em Palmas na noite de ontem para participar da solenidade de abertura do XVI Fórum Internacional de Administração (FIA). Mourão ministrou na ocasião a Palestra “República com tema: Liderança empreendedora”. A abertura do evento contou com diversas autoridades, e tem programações organizadas pelo Sebrae Tocantins, Conselho Regional de Administração do Tocantins e do Distrito Federal (CRA-TO/CRA-DF), Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Prefeitura de Palmas e Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc).Entre os temas abordados pelo vice-presidente, estavam assuntos internacionais como a relação e conflitos entre os países. “A guerra comercial e tecnológica entre China e Estados Unidos está afetando o mundo inteiro, porque são as duas maiores economias, irmãs siamesas. A China vende muita para os EUA, compra também, e ao mesmo tempo grande parte dos títulos públicos americanos estão nas mãos dos chineses. Esse panorama afeta o mundo, principalmente a nossa vizinhança na América do sul, que sempre aparece algum tipo de instabilidade, a principal delas é a Venezuela”, comentou o general Mourão.EconomiaO vice-presidente também abordou a economia no País e seus principais problemas. “O Brasil enveredou para um caminho em que a economia foi muito maltratada. O Brasil esqueceu de fazer o dever de casa, esqueceu da gestão e infelizmente uma parcela do País entrou de cabeça na corrupção. Ao longo dos últimos anos um trio andou de braços dados na esplanada dos ministérios: a incompetência, a corrupção e a má gestão do governantes”, disse aos presentes.Também ponderou sobre o equilíbrio fiscal do governo FHC. “Herdamos a busca pelo equilíbrio fiscal, o ponto focal de qualquer governo. Sempre faço uma comparação para que o cidadão comum entenda: nós não podemos gastar mais do que ganhamos. Porque senão vamos fazer dívidas e existe um limite pra fazer dívidas”, completou, frisando sobre a lei de responsabilidade fiscal como herança do FHC.NúmerosA dívida do Brasil hoje é de R$ 5.6 trilhões, dentro da casa dos 80% do Produto Interno Bruto (PIB), destacou o vice-presidente. “Aumentamos a carga tributária lá atrás pra manter esse Estado que nós temos. Estamos hoje com a carga tributária de um terço do PIB. País emergente como o nosso deveria ter 25% e hoje temos 33%. E esse peso está nas costas de todo mundo que trabalha, produz e investe”, comentou.PresençasEstiveram presentes, além de Mourão, o governador em exercício, Wanderlei Barbosa; a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; o presidente do Sebrae Tocantins, Rogério Ramos; o superintendente do Sebrae Tocantins, Moisés Gomes; Mauro Kreuz, presidente do CFA; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Antonio Andrade; o reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, e outras autoridades.