A reação do mercado imobiliário à crise econômica e financeira nacional tem sido lenta e depende de variáveis como disponibilidade de financiamento habitacional, fortalecimento de outros setores como indústria e comércio, que geram empregos, dentre outros.No entanto, o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração de Imóveis e Condomínios Residenciais e Comerciais do Estado do Tocantins (Secovi), Fernando Rezende, disse que diferente do restante do País, o mercado imobiliário residencial em Palmas não sofreu uma grande retração, mesmo no período mais difícil.“Palmas tem uma característica diferente. Temos uma média de três mil compradores de imóvel ao ano classificados como consumidor imobiliário, que é o que compra o imóvel para morar”, explicou Rezende acrescentando que o crescimento do mercado estimado é de até 30%, tanto para venda quanto para locação.Rezende disse ainda que a faixa de imóvel residencial com maior saída é o cujo custo gira entre R$ 300 mil e R$ 500 mil. “O mercado se auto regula e com a crise as oportunidades de negócio melhoraram bastante. Tem imóvel disponíveis, crédito e possibilidades de vendas parceladas. Em relação a 2016, o crescimento do setor foi de cerca de 20%”, informou.Já o imóvel comercial sofreu mais com a retração da economia, segundo Rezende. “Essa parte do mercado está reagindo mais devagar, tanto em locação quanto em venda”, disse.A avaliação do especialista reflete em parte a realidade da proprietária de imóveis para locação, Maria da Paz Marinho. Ela disse que a expectativa para o fim da crise econômica tem sido grande e acrescenta que 2017 foi um ano difícil. “Vivemos uma grande dificuldade até outubro do ano passado, com imóveis vagos ou inquilinos com contas atrasadas porque estavam desempregados”, contou Maria da Paz Marinho.Porém, a sorte virou e as coisas começaram a melhorar. “Nesse início de ano fizemos até pré-seleção de inquilinos para dois imóveis que ficaram fechados menos de quinze dias. Acredito que o País ainda vai entrar nos trilhos novamente”, disse Maria da Paz.