Rafael Italiani
Estadao ConteudoAté hoje, a greve atingia 140 cidades e, buscando a retomada imediata do serviço, houve uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região (TRT-2), em São Paulo, entre a categoria e a entidade patronal, o Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur). Para resolver a questão, o desembargador Wilson Ferreira propôs que as duas partes chegassem a um reajuste de 9,5%. A entidade patronal, no entanto, ofereceu 8,5%. Uma nova audiência será realizada no dia 6.
O acordo com as prefeituras do ABC veio de uma negociação paralela feita entre a Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco) e as administrações municipais da região. Esse acordo ainda pode atingir o restante das cidades que tiveram a coleta prejudicada pela greve. A Femaco deve ter nesta quarta-feira uma posição consolidada sobre as negociações com o restante dos municípios. Ainda de acordo com o sindicato dos coletores do ABC, houve um acordo para que os trabalhadores compensem 50% dos dias parados e tenham estabilidade no trabalho por pelo menos 90 dias.
Em Diadema, na região do ABC, os transtornos são visíveis. Há sacos de lixo rasgados espalhados pelas vias públicas. Secretária em uma escola particular no centro da cidade, Mariana Mendes, de 24 anos, afirmou que as pilhas de sacos só crescem. "É muito caro contratar uma empresa de fora para vir recolher", observou. Uma equipe emergencial foi criada pela prefeitura para tentar "aliviar a situação". Esse grupo consegue recolher, em média, 90 toneladas de lixo diariamente. Antes de o acordo com os coletores ser fechado, a administração informou que multaria a empresa de coleta municipal. (Colaborou Caio do Valle)
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