Os representantes dos servidores estaduais se reuniram, na manhã desta segunda-feira, 17, com o secretário de administração do Estado, Edson Cabral e o secretário-chefe da Casa Civil, Rolf Vidal. Porém, o Governo não apresentou nenhuma proposta sobre o índice de correção ou implementação da data-base dos funcionários públicos.Durante a reunião, Cabral citou sobre o panorama fiscal do Brasil e do Tocantins, mas não disse qual solução tomaria em relação à data base dos servidores.O presidente do Sindicato dos Servidores estaduais do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, disse ainda que o sindicato irá cobrar para que o governo faça a implementação da data-base, isso por entender que a folha de pagamento não é problema para o Estado. “Nós estamos na negociação sobre a data-base e infelizmente o Governo não nos apresentou nenhuma proposta hoje. O Governo quis jogar a responsabilidade em cima do servidor efetivo".O representante ainda acrescentou que o Governo realiza gradativamente a contratação de comissionados e servidores temporários. “E hoje, infelizmente não tivemos resposta sobre a data-base, que foi nosso pedido na semana passada. O governo se reuniu conosco para apresentar cenário econômico e não data-base”, pontua.Pinheiro também frisa que os servidores do estado tiveram uma redução no pagamento entre maio de 2018 a maio de 2019. "Já o servidor comissionado teve um incrmento de 6% a mais". O representante ainda menciona que o estado deveria reduzir 50% dos contratos temporários, conforme prometido, porém, apenas 25% desse percentual foi realizado. "De fato o que ele tinha que aumentar, ele reduziu que foi do servidor efetivo".Segundo as entidades classistas, o índice da data-base de 2019 deverá ser de 5,0747% - calculado com base no INPC/IBGE. A correção é garantida pelas constituições Federal e Estadual e deveria ser implementada em maio. CongelamentoEm abril passado o Governo publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), a suspensão do pagamento de reajustes salariais e progressões dos servidores públicos estaduais. A lei teve aprovação na Assembleia Legislativa (AL) no mês de março e, conforme o governo, faz parte das ações para reenquadramento do Estado dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e assim melhorar sua nota na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para conseguir empréstimos em instituições bancárias, que estão bloqueados pela Justiça Federal até que garanta que terá condições de quitar as parcelas.A medida valerá por dois anos, e desde seu anúncio, em fevereiro deste ano, o Sisepe aponta que os servidores efetivos serão penalizados, e que os problemas financeiros atuais são fruto de uma má administração da máquina pública.