A Comissão de Defesa do Consumidor e Serviço Público da Assembleia Legislativa aprovou no final da tarde desta quarta, 09, em primeira fase, a data-base de 1% para os servidores do Executivo, Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa e do Judiciário. A segunda fase de votação acontece no Plenário da AL.O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, reiterou o anseio da categoria quanto à aprovação da data-base em 5,0747%. “Queremos apenas o cumprimento do direito legal e constitucional do servidor público, a data-base é a correção da inflação e 1% não faz essa correção, e é um índice sem base legal. Os deputados estaduais devem seguir o que é legal e não apenas votar por ser uma orientação do governador Mauro Carlesse”, ressaltou.O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (Sintras), Manoel Miranda, considerou toda a tramitação da data-base na AL como improdutiva. “Os deputados estão amarrados à vontade do governador Mauro Carlesse. Salvo um ou dois deputados, os demais estão alinhados ao governo e não estão legislando, atuando com independência. O governador Carlesse está transformando o servidor em um inimigo, somos os únicos salvaguardas da população, pois mesmo sem as condições de trabalho e pagamentos de indenizações básicas (como insalubridade, plantões) são atendidos. E no ano passado, mesmo com o governo desenquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, o Carlesse pagou as datas-bases de 2017 e 2018 e agora vem com esse índice ilegal de 1%”, protestou.AprovaçãoMesmo diante das argumentações dos servidores e representantes classistas presentes no plenário, as datas-bases de 1% para todas as categorias foram aprovadas com votos contrários dos deputados Nilton Franco (MDB), Júnior Geo (PROS) e Delegado Rerisson (DC).“Desde que a data-base tem sido concedida há anos tem sido adotado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, nunca foi cogitado e debatido um índice menor. O crescimento da Receita Corrente Líquida teve um crescimento significativo ao longo dos anos e não gerará desenquadramento em relação a Lei de Responsabilidade Fiscal, nada justifica o 1% e o não cumprimento das leis e das constituições. Não são os servidores públicos o problema desse Estado, pelo contrário temos que garantir o que é apenas direito. São os servidores públicos os guardiões e os que arrecadam, temos que votar em favor deles”, argumentou o deputado Nilton Franco durante à votação.O Jornal do Tocantins segue acompanhado a tramitação da matéria na Assembleia.