A Corte Mineira condenou um médico a pagar R$ 1,6 milhão por ter simulado mais de 500 plantões e 90 cirurgias na cidade de Paracatu (MG). Além de tudo isso o profissional foi remunerado por mais de mil sobreavisos e inúmeras horas de trabalho noturno no hospital em que deveria trabalhar. 

O desembargador Alberto Diniz Júnior, relator do caso, disse que, segundo testemunhas, o médico atendia num consultório particular e nem se preocupou em comprovar que fazia trabalho administrativo no hospital, entre 13h e 17h nos dias úteis. 

Essa conduta passou a ser rotina na vida do médico a partir do momento em que ele assumiu o cargo de diretor do hospital, tendo o seu salário aumentado de R$ 7 mil para R$ 20 mil. Do valor condenatório, cerca de R$ 800 mil se refere aquele indevidamente recebido e deverá ser devolvido aos cofres municipais. O restante da condenação diz respeito à multa.