O homem que quebrou o relógio doado a Dom João VI, nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro no Palácio do Planalto, Antônio Cláudio Alves Ferreira, foi condenado a 17 anos de prisão. O voto do ministro Alexandre de Moraes foi acompanhada pela maioria dos seus pares. 

A condenação foi por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União. O julgador concluiu que a culpa do réu foi comprovada por testemunhas levadas pelo Ministério Público, além de vídeos e fotos feitos pelo próprio. 

O ministro Cristiano Zanin acompanhou o relator, mas divergiu da pena, que entende deveria ser de 15 anos. Os ministros Kássio Nunes e André Mendonça também votaram por penas menores. O ministro Luís Roberto Barroso entendeu pela inocência do réu quanto ao crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto foi seguido integralmente pelos ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Cármen Lúcia.