A morte de Brigitte Bardot, aos 91 anos, no domingo (28), reavivou uma antiga polêmica: o relacionamento conturbado da atriz francesa com seu filho único, Nicolas Charrier, hoje com 65 anos. Em sua autobiografia, "Initiales BB", de 1995, ela reconheceu que nunca teve instinto materno, chegando a referir-se à gravidez como um tumor. Hoje, livros como "O Mito do Instinto Materno", da jornalista americana Chelsea Conaboy -lançado em 2024 no Brasil, pela Companhia das Letras-, discutem se a romantização da maternidade seria um mecanismo de controle social. Na época, porém, a revelação de Bardot chocou. No livro, a atriz referiu-se sem meias palavras ao horror que a gravidez lhe despertava: "Era como um tumor que se alimentava de mim, que eu carregava na minha carne inchada, só esperando o momento para me livrar dele", escreveu. Ela também acusava o pai da criança de tê-la agredido durante a gravidez.