Quase 30 anos depois do primeiro especial Amigos, a Globo resolveu fazer uma versão feminina da atração, que reunia três duplas sertanejas: Chitãozinho &amp; Xororó, Zezé di Camargo &amp; Luciano e Leandro &amp; Leonardo.

A emissora joga luz agora em cima de um movimento consolidado nos últimos anos dentro do sertanejo, o feminejo, e escalou a dupla Maiara &amp; Maraisa e as cantoras solo Simone Mendes, Ana Castela e Lauana Prado para representar o segmento.

Raoni Carneiro, um dos diretores do programa, falou sobre a produção, gravada na noite desta quarta-feira (20). "A gente quer mostrar que o sertanejo não tem mais gênero. Os clássicos deste estilo, antes cantados por nomes masculinos, nas vozes das mulheres ganham outro significado. Isso é que é o diferencial, o potente", diz.

Carneiro também comentou a escolha das cinco: "Nós queríamos trazer mulheres que iniciaram esse movimento e representantes de uma nova geração."

O diretor ainda lembrou Marília Mendonça, que morreu em 2021. "A Marília é a primeira mulher que chega com o pé na porta. Então, isso que a gente está vivendo é uma consequência, é uma herança. Marília está fazendo falta no feminejo."

Clássicos sertanejos ganham outro significado na voz das mulheres, diz diretor de Amigas

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especial Amigos

A obra "Os Sertões", de Euclides da Cunha, foi um divisor de águas para o Brasil, revelando aos brasileiros litorâneos a realidade do sertão que era, até então, ignorada. Com profundidade e impacto, Euclides mostrou um Brasil rural, marcado pela resiliência e força de seu povo, um Brasil que vivia invisível para o litoral e para as elites urbanas. Essa descoberta do Brasil profundo permanece viva, especialmente por meio da música sertaneja, que traduz a alma do sertão e dos rincões de norte a sul do país.

No entanto, Lulu Santos, artista que construiu sua carreira com referências à cultura de praia e à urbanidade, frequentemente, critica a música sertaneja com um desdém que revela uma visão limitada e elitista do que é a cultura popular brasileira. Suas críticas parecem nascer de uma percepção que privilegia Copacabana e o mundo das praias californianas, distantes do Brasil real. Ao criticar o gênero sertanejo, Lulu Santos deixa transparecer uma visão tipicamente influenciada pelo que Nelson Rodrigues definiu como "complexo de vira-lata".

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/opiniao/tendencias-e-ideias/quem-s-o-os-maiores-economistas-do-brasil-1.3198873" target="_blank">Quem são os maiores economistas do Brasil?</a> 
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Esse "complexo de vira-lata" descreve um sentimento de inferioridade e desprezo pelo que é próprio do Brasil, acompanhado de uma admiração quase cega pelo que vem do Primeiro Mundo. Aqueles que possuem essa visão tendem a enxergar o Brasil como um país sempre menor, menos interessante e pouco valioso, preferindo idealizar países estrangeiros, como se tudo o que é de fora fosse superior. No caso de Lulu, sua música, muitas vezes, exalta a estética e o estilo de vida praiano, inspirando-se no cenário da Califórnia, e minimiza o valor do sertanejo – a música que fala sobre o Brasil profundo e suas raízes culturais.

Ao desconsiderar o sertanejo, Lulu Santos revela uma postura elitista e desconectada com o Brasil que existe fora do asfalto e das ondas do mar. Esse Brasil que ele escolhe não enxergar está no Tocantins, no Pará, no Mato Grosso,&nbsp; e em tantos outros cantos do país, onde a música sertaneja ecoa e representa a verdadeira expressão do povo brasileiro. Esse Brasil sertanejo é sucesso em todo o território nacional, lotando arenas e celebrando com canções que traduzem o dia a dia e as paixões de quem vive no interior.

A postura de Lulu&nbsp; Santos é ainda mais emblemática quando lembramos de um episódio em que ele realizou um show, em uma cidade do interior, para um público quase inexistente, enquanto o sertanejo continua a atrair multidões em todo o país. Esse contraste revela o quanto a música sertaneja é acolhida e reverenciada, com um valor que vai muito além do que qualquer moda ou referência externa poderia oferecer.

O Brasil de verdade – aquele que inspira o sertanejo – também se encontra no interior de São Paulo, de Goiás, de Minas Gerais e de tantos outros estados, onde o povo canta as suas emoções, as suas histórias, suas dores e suas paixões, entregando-se aos amores, correspondidos ou não. Essa é a alma pura e genuína do Brasil, algo que Lulu Santos parece não compreender. Sua postura, marcada por esse "complexo de vira-lata", limita-o a enxergar o país como algo inferior, enquanto exalta uma estética distante e fantasiosa, a qual associa ao Primeiro Mundo.

Ao atacar a música sertaneja, Lulu Santos não faz mais do que reafirmar a importância e a autenticidade desse gênero que representa o verdadeiro Brasil, aquele que ele, influenciado por uma mentalidade "vira-lata", escolheu ignorar. Como dizia Nelson Rodrigues, esse complexo nos afasta de nós mesmos e das nossas raízes, impedindo-nos de valorizar a nossa riqueza cultural e o país que, embora longe das praias de Copacabana ou da Califórnia, é o Brasil que realmente existe e pulsa.

Salatiel Soares Correia é engenheiro, bacharel em administração de empresas, mestre em energia pela Unicamp. É autor de oito livros relacionados às áreas de energia, economia, literatura e desenvolvimento regional.

A música do Brasil profundo e o desdém de Lulu Santos

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Salatiel Soares Correia

O cantor e compositor Paul Di'Anno, ex-vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden, morreu aos 66 anos em sua casa em Salisbury, na Inglaterra. A notícia foi anunciada nesta segunda-feira (21) nas redes sociais da Conquest Music, selo musical do artista.

Paul Andrews –nome verdadeiro do artista– nasceu em 17 de maio de 1958 no bairro de Chingford, em Londres. Ele foi vocalista da formação original da Iron Maiden, entre 1978 e 1981. O cantor participou do álbum de estreia da banda, "Iron Maiden", o segundo álbum "Killers", de 1981, e o EP raro "Madein Japan", gravado ao vivo em 1981.

A saída de Di'Anno da banda é atribuída à pressão de outro membro, o baixista Steve Harris. A partir de 1981 desenvolveu vários projetos; lançou discos para sua carreira solo, fez participações musicais e liderou as bandas Battlezone e Killers.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/magazine/confira-o-horoscopo-desta-terca-feira-22-de-outubro-de-2024-1.3189609" target="_blank">Confira o horóscopo desta terça-feira, 22 de outubro de 2024</a> 
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"Apesar de enfrentar sérios problemas de saúde nos últimos anos que o restringiram a se apresentar em uma cadeira de rodas, Paul continuou a entreter seus fãs ao redor do mundo, realizando bem mais de 100 shows desde 2023", escreveu o Conquer Music no Facebook.

Em 2024, o cantor e compositor lançou o álbum de estreia de seu projeto Warhorse. Em setembro saiu "The Book Of The Beast", considerado por ele seu disco de retrospectiva de carreira "definitivo". Di'Anno –que já se apresentou diversas vezes no Brasil– teve que cancelar sua turnê de 2024 no país devido aos seus problemas de saúde.

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Morre Paul Di'Anno, ex-vocalista da banda Iron Maiden, aos 66 anos

Celebridades

Músicas

O trio musical tocantinense “Canindé” lançou um álbum com três músicas autorais na plataforma de streaming Sportify&nbsp; neste mês. Em entrevista ao JTo o vocalista do grupo Mario Xará comentou sobre as melodias.&nbsp;&nbsp;

De acordo com o cantor, as músicas do trio canindé são melodias que surgem na sua cabeça em momentos aleatórios e vão virando música com o tempo.&nbsp;&nbsp;

<cite>As músicas do trio canindé que lançamos são composições minhas que faço sozinho com o violão e depois levo pra banda terminar de fazer o arranjo. São melodias que surgem na minha cabeça em momentos aleatórios e vão virando música com o tempo. As letras são textos prosaicos sobre a vida do cidadão comum em ritmo dançante. O Trio Canindé tem 2 anos de existência, mas os músicos integrantes já são bem experientes, nos juntamos pra fazer este projeto acontecer", disse Mário Xará.</cite>

As novas músicas são:&nbsp;&nbsp;

<ol>
	<li>Só Agradecer&nbsp;&nbsp;</li>
	<li>Xote do Malandro&nbsp;</li>
	<li>Legal Eu Não Tô Não&nbsp;&nbsp;</li>
</ol>

Ouça&nbsp;

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Sobre o Trio&nbsp; &nbsp;

O Trio Canindé, cujo nome homenageia as araras-canindé, que são símbolos tocantinenses de beleza e tradição. Com formação clássica inspirada em Luiz Gonzaga e Dominguinhos, o trio é composto por Vanderley Guimarães (zabumba), Maestro Raimundinho (acordeon), Mário Xará (vocal e triângulo) .&nbsp; &nbsp;&nbsp;

<cite>&nbsp;nosso lema é que moderno é tradição, então preservamos a instrumentação clássica do forró inventada por Luiz Gonzaga que é sanfona, zabumba e triângulo. O legítimo pé de serra, mas tentando dar alguma contribuição artística e musical do nosso tempo para esse estilo", afirmou Mário.</cite>

Raquel Oliveira é integrante do programa de estágio entre Jornal do Tocantins e Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob orientação de Raphael Pontes

Grupo de forró tocantinense lança álbum em plataforma de streaming

Música

O trio musical tocantinense “Canindé” lançou um álbum com três músicas autorais na plataforma de streaming Spotify,&nbsp; no início desta semana. Em entrevista ao JTo, nesta sexta-feira(4), o vocalista do grupo Mário Xará comentou sobre as melodias.&nbsp;

De acordo com Mário, as letras das músicas do trio canindé são compostas por ele e os arranjos feitos pelos colegas com as melodias que, segundo o artista, surgem na sua cabeça em momentos aleatórios e vão virando música com o tempo.&nbsp;

“As músicas do trio canindé que lançamos são composições minhas que faço sozinho com o violão e depois levo pra banda terminar de fazer o arranjo. São melodias que surgem na minha cabeça em momentos aleatórios e vão virando música com o tempo. As letras são textos prosaicos sobre a vida do cidadão comum em ritmo dançante. O Trio Canindé tem 2 anos de existência mas os músicos integrantes já são bem experientes, nos juntamos pra fazer este projeto acontecer” afirmou.&nbsp;

As novas músicas são:&nbsp;

Só Agradecer&nbsp;

Xote do Malandro&nbsp;

Legal Eu Não Tô Não&nbsp;

<h2>Sobre o Trio&nbsp;&nbsp;</h2>

O Trio Canindé tem o nome que homenageia as araras-canindé, que são símbolos tocantinenses de beleza e tradição. Com formação clássica inspirada em Luiz Gonzaga e Dominguinhos, o trio é composto por Vanderley Guimarães (zabumba), Maestro Raimundinho (acordeon), Mário Xará (vocal e triângulo).

Ainda de acordo com Mário, “nosso lema é que moderno é tradição, então preservamos a instrumentação clássica do forró inventada por Luiz Gonzaga que é sanfona, zabumba e triângulo. O legitimo pé de serra, mas tentando dar alguma contribuição artística e musical do nosso tempo para esse estilo”.&nbsp;

Sua música une a autenticidade e energia do forró tradicional a uma pitada de inovação, marcada pela inclusão do contrabaixo, criando uma identidade musical única.&nbsp;