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O tradicional ato de comemoração do Dia da Consciência Negra em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares no ano de 2021 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Há expressões que usamos diariamente, sem perceber ou refletir, ou de forma não intencional, mas que carregam conotações racistas. Neste Dia da Consciência Negra, o JTo reuniu um conjunto de expressões e formas de linguagem que estão presentes no vocabulário, mas perpetuam o racismo.

Para entender melhor sobre o assunto, conversamos com Rogério Modesto, doutor em estudos linguísticos e professor do curso de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz, em ilhéus(BA)&nbsp;

De acordo com Rogério, pesquisas na área da linguística apontam que o problema não está nas palavras em si, mas no contexto em que elas são usadas. É a conotação racista que elas ganharam ao longo do tempo.

<cite>O racismo linguístico não é sobre palavras, porque isso daria a ideia de que, se eu substituo a palavra, eu acabo com o racismo, e não é isso. Eu consigo ser racista mesmo não usando essas palavras todas. Então, reduzir o racismo linguístico de algumas expressões é, literalmente, reduzir o racismo, os efeitos do racismo”, completou.</cite>

Rogério afirma que o racismo linguístico se manifesta na sociedade de muitas formas, e que vai muito além do uso de expressões ou palavras específicas. O linguista mencionou o autor Gabriel Nascimento dos Santos, que tem livros já publicados sobre o tema.

“O próprio autor, Gabriel Nascimento, vai escrever um texto chamado Racismo linguístico é sobre palavras? Ele vai dizer que o racismo linguístico não é sobre palavras. É importante não confundir racismo linguístico com o politicamente correto, ou seja, não use tal expressão, use aquela, não use preto, use negro, use afrodescendente, enfim, coisas que o politicamente correto vai dizer. O racismo linguístico não é sobre palavras, o racismo linguístico é uma expressão de linguagem na sociedade, em que, pelo uso da língua, nós damos corpo ao racismo”, explicou.

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Rogério Modesto é doutor em estudos linguísticos (Reprodução/Instagram@rl.modesto)

O professor trouxe um exemplo pessoal para ilustrar o fato de que há racismo, mesmo que não haja o uso de palavras diretamente ligadas à raça. Ele relatou que o dia em que foi parado por um morador que tinha se mudado recentemente para o prédio, e que esse inquilino colocou o braço e o questionou: “Você mora aqui?”

“E eu respondi: Moro muito antes de você, né? Puxei minha chave e tive que mostrar minha chave. A pessoa ficou constrangida, mas eu não posso chamá-la de racista, entre aspas, objetivamente falando. Por quê? Porque aparentemente o que ela me fez foi uma pergunta de verificação de segurança. Só que a gente sabe que aquela pergunta que ela fez se direciona a mim. Se fosse uma pessoa branca entrando junto com ela, ela não estranharia, mas a mim, que sou uma pessoa preta, ela interroga, né?” contou.

Ele explica que a pergunta não tem nenhum uso de palavra intencional ou ligada diretamente à raça, mas teve um contexto tacista.

<cite>Ainda que não tenha sido usada uma palavra racista, que a gente reconhece como racista, a linguagem serviu ali para me interditar, para me questionar, para me colocar num lugar de desconforto. Então, para produzir, de certo modo, uma diferença. Isso também é racismo linguístico, quando a linguagem está sendo utilizada nessa perspectiva, nesse viés, de produzir desconforto e de rebaixar pessoas negras”, explicou Rogério.</cite>

Ainda assim, é preciso entender e não normalizar muitas expressões que carregam o peso de um passado de escravidão e menosprezo em relação às pessoas negras. É preciso tirar as palavras de origem racista do vocabulário.

O Tribunal Superior Eleitoral, por meio da Comissão de Promoção de Igualdade Racial, lançou uma obra que busca eliminar do vocabulário comum termos e expressões racistas.

Na área da educação tocantinense o governo lançou em junho deste ano&nbsp; o projeto Poder Afro de Combate ao Racismo nas Escolas Estaduais. De acordo com o governo, o projeto busca atender à demanda da comunidade negra e foi criado com o propósito de transformar os espaços educacionais em ambientes de combate ao racismo e valorização da história e da cultura negra.&nbsp;

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Projeto Poder Afro recebeu R$ 20 milhões em investimentos para operacionalização das atividades formativas e aquisição de material didático para estudantes de todo o Tocantins (Mari Rios/Governo do Tocantins)

Veja algumas expressões racistas abaixo:

<h4>“Da cor do pecado”</h4>

De acordo com a cartilha&nbsp; do TSE, essa expressão é bastantedifundida em diferentes regiões do Brasil; foi tema de músicas bastante populares e até mesmo título de uma novela de sucesso.&nbsp;

O termo apresenta&nbsp; como uma forma supostamente elogiosa de se referir a alguém, de louvar a cor da pele. Porém pode ser facilmente desfeita.

A ideia de pecado não vem associada a coisas positivas. O pecado é aquilo que não é aceito por Deus e, por isso, deve ser evitado, tem de ser afastado da vida das pessoas corretas. Isso por si só já demonstra o preconceito da expressão, pois associa a cor da pele de alguém a um pecado. Seguindo a análise, deve-se atentar que o pecado referido não é aleatório; trata-se, na verdade, da luxúria, o pecado do sexo. A expressão remete às mulheres negras e às imagens demasiadamente sexualizadas que se fazem delas, afirma a cartilha.

<h4>“Criado-mudo”</h4>

O termo faz referência a um móvel com gavetas, geralmente utilizado ao lado das camas e que funciona como apoio, porém a adoção desse nome, faz referência às pessoas negras escravizadas responsáveis pelos serviços domésticos, que tinham a atribuição de segurar objetos pertencentes a suas senhoras e seus senhores, servindo de apoio permanente. Além disso, deveriam agir de forma discreta e silenciosa para não causar nenhuma perturbação no ambiente.

<h4>“Cor de pele”</h4>

É uma expressão que pretende identificar uma cor, mais especificamente tons de bege, fazendo expressa alusão à pele branca. A ideia de que as cores claras devem ser consideradas como padrão ideal para representar a pele humana é racista. Esse tipo de comportamento é designado por especialistas como colorismo.

<h4>“Denegrir”&nbsp;</h4>

A origem da palavra “denegrir” é latina e significa enegrecer, mas seu uso está associado à ideia de macular, manchar, sujar alguma coisa. A junção das duas coisas faz surgir a ideia de que tornar algo negro é negativo, que deve ser evitado, o que reforça a ideia preconceituosa que liga a pessoa negra a coisas ruins.&nbsp;

<h4>“Esclarecer”</h4>

Significa tornar algo claro,trazer luz sobre determinado assunto. Seu uso é corriqueiro. À primeira vista, não há nada de errado com a palavra e seu uso, contudo embute-se nela o racismo a partir do instante em que transmite a ideia de que a compreensão de algo só pode ocorrer sob as bênçãos da claridade, da branquitude, mantendo no campo da dúvida e do desconhecimento as coisas negras. O mais adequado, nessas circunstâncias, seria o uso das palavras “explicar” ou “elucidar”, por exemplo.&nbsp;

<h4>“Inhaca”&nbsp;</h4>

Inhaca é uma ilha localizada na baía de Maputo, em Moçambique, que se tornou um destino turístico de destaque daquele país. Algumas fontes apontam que a palavra pode designar também um monarca, um líder moçambicano. No Brasil, desde o período colonial, a palavra “inhaca” e seus derivados são associados a odores corporais ruins.

Trata-se do uso racista da palavra, pois associa um local ou líder africano a algo ruim.&nbsp;

<h4>“Negra/negro com traços finos”&nbsp;</h4>

A expressão “negra/negro com traços finos” pretende trazer uma forma elogiosa de referir-se à pessoa negra. Contudo, acaba embutindo uma ideia racista, pois associa a negritude a traços grosseiros e feios. Desse modo, a beleza negra estaria limitada aos que não se parecem com negras e negros. O uso da expressão deve ser abandonado, não cabendo, nem sequer, sua substituição por sinônimos, explica a cartilha.&nbsp;

<h4>“Meia-tigela”</h4>

Assim como "nas coxas", "meia-tigela" é expressão usada frequentemente para se referir a algo medíocre ou mal feito. Mais uma vez, há quem argumente que o termo tem origem na escravidão.

Uma das explicações apresentadas para a origem das expressões refere-se à distribuição de alimentos às trabalhadoras e aos trabalhadores escravizados(as). Segundo essa corrente, a refeição seria reduzida a meia-tigela se o trabalho fosse avaliado como insuficiente ou ineficiente.&nbsp;

<h4>“Não sou tuas negas”</h4>

Expressão é utilizada comumente para mostrar revolta ou incômodo com situação ou comentário, por exemplo. A primeira teoria enfatiza que a expressão da conta da realidade do período escravagista, quando mulheres escravizadas eram comumente vítimas de assédio e abuso sexual por homens brancos, pois havia uma ideia disseminada de que elas sempre estavam disponíveis para a atividade sexual, o que não acontecia com as mulheres brancas, vistas como castas. A segunda teoria atesta que a expressão faria referência às mulheres escravizadas que pertenciam a determinado senhor, que poderia dispor delas como bem desejasse, inclusive sexualmente. Nos dois sentidos, há, no tratamento, uma depreciação da mulher negra, que é tratada como objeto, propriedade, sendo passível de suportar todo tipo de comportamento.

'Racismo linguístico não é só sobre palavras', diz professor sobre o uso da língua em expressões de origem racista

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Dia da Consciência Negra

O ano de 2025 terá pelo menos 13 oportunidades de descanso para os trabalhadores do Tocantins&nbsp;durante feriados nacionais e estaduais.&nbsp;O número é ainda maior para os moradores de Palmas, que também devem folgar nos dias do padroeiro e aniversário da cidade.

O ano de 2025 começa em uma quarta-feira, com o feriado de Confraternização Universal. Então a virada do dia 31 de dezembro e 1º de janeiro será entre terça e quarta-feira.

Os meses de fevereiro e julho não têm nenhuma data de feriado ou ponto facultativo prevista. Em março, entre os dias 1º a 5, de sábado a quarta-feira, será comemorado o Carnaval.&nbsp;A data festejada por cinco dias não é considerasa feriado, mas pode ser decretado ponto facultativo.

Em abril, que com as junções da Sexta-feira Santa, no dia 18, e feriado de Tiradentes, no dia 21, os trabalhadores poderão ter até quatro dias de descanso - de sexta-feira a segunda-feira.

O Dia do Trabalhador e Consciência Negra, comemorados em 1º de maio e 20 de novembro, respectivamente, vão cair em uma quinta-feira. Então, há a possibilidade de os governos municipais e estadual decretarem ponto facultativo na sexta-feira e darem quatro dias de descanso aos servidores públicos.

Em 2025 também haverá um feriado estadual inédito, o&nbsp;Dia do Senhor do Bonfim, comemorado em 15 de agosto. A data foi sancionada pelo governo no dia 26 de setembro de 2024 e tem como objetivos 'valorizar as tradições religiosas e culturais; promover a integração das comunidades locais; e fomentar o segmento do turismo religioso como meio de interação e desenvolvimento social e de valorização do patrimônio cultural do Estado'.&nbsp;A data vai cair em uma sexta-feira em 2025.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/economia/fazenda-pede-bloqueio-de-mais-1-8-mil-bets-e-numero-de-sites-barrados-no-brasil-chega-a-5-2-mi-1.3201402">Fazenda pede bloqueio de mais 1,8 mil bets, e número de sites barrados no Brasil chega a 5,2 mi</a> 
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<h2>Confira a lista de feriados nacionais, estaduais e municipais em 2025</h2>

Janeiro

<ul>
	<li>1º (Quarta-feira) - Confraternização Universal</li>
</ul>

Março

<ul>
	<li>19 (quarta-feira) - Feriado de São José, padroeiro de Palmas (feriado municipal)</li>
</ul>

Abril

<ul>
	<li>18 (sexta-feira) - Sexta-Feira Santa</li>
	<li>21 (Segunda-Feira) - Tiradentes</li>
</ul>

Maio

<ul>
	<li>1º (Quinta-feira) - Dia do Trabalhador</li>
	<li>20 (Terça-feira) - Aniversário de Palmas (feriado municipal)</li>
</ul>

Agosto

<ul>
	<li>15 (sexta-feira) - Dia do Senhor do Bonfim (feriado estadual)</li>
</ul>

Setembro

<ul>
	<li>7 (domingo) - Independência do Brasil</li>
	<li>8 (Segunda-feira) - Padroeira do estado (feriado estadual)</li>
</ul>

Outubro

<ul>
	<li>5 (domingo) - Criação do Tocantins (feriado estadual)</li>
	<li>12 (domingo) - Nossa Senhora Aparecida</li>
</ul>

Novembro

<ul>
	<li>2 (domingo) - Dia de Finados</li>
	<li>15 (sábado) - Proclamação da República</li>
	<li>20 (quinta-feira) - Consciência Negra</li>
</ul>

Dezembro

<ul>
	<li>25 (quinta-feira) - Natal</li>
</ul>

<h2>Veja a lista de pontos facultativos em 2025</h2>

Março

<ul>
	<li>1º a 5 (sábado a quarta-feira) - carnaval</li>
</ul>

Junho

<ul>
	<li>19 (Quinta-feira) - Corpus Christi (ponto facultativo)</li>
</ul>

Outubro

<ul>
	<li>28 (terça-feira) - Dia do Servidor Público</li>
</ul>

Dezembro

<ul>
	<li>24 (quarta-feira) - Véspera de Natal (ponto facultativo)</li>
	<li>31 (quarta-feira) - Véspera de Ano Novo (ponto facultativo)</li>
</ul>

Tocantinenses terão 13 feriados em 2025 e número de folgas é maior em Palmas; veja lista

Economia

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Folga

Tedson Souza

<div attr-cid="policy:1.3201603" attr-version="policy:1.3201603:1732128720" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3201603" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3201603', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3201603">Tedson Souza (1.3201603)</a></div>

Apesar de representarem&nbsp; 55,5% da população brasileira, segundo o Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), pretos e pardos ainda estão longe de ocupar espaço proporcional como&nbsp; professores nas salas de aula das faculdades brasileiras.

Tedson Souza é jornalista, Doutor e Mestre em Antropologia pela Universidade Federal da Bahia e foi o primeiro Professor negro a ingressar por cotas na Universidade Federal do Tocantins (UFT) Campus Palmas.

De acordo com o professor, o processo de ingressar em universidade pública não foi fácil, e durante a sua especialização tinha que&nbsp; conciliar o trabalho de jornalista com o doutorado.

<cite>Fiz doutorado, trabalhava na redação e dava aula à noite em uma universidade privada, e foi um caminho natural. Acabei parando na universidade pública. Não foi fácil, né? Foi extremamente difícil. É um ambiente majoritariamente branco. A&nbsp; maioria dos professores das universidades brasileiras são brancos e provenientes do Centro-Sul. Além disso, temos menos de 1% de professores cotistas na universidade brasileira, apesar de a lei de cotas nos concursos públicos estar vigente já há alguns anos", contou.</cite>

De acordo com dados do <a href="https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/6672/4/Relat%C3%B3rio%204%20de%205.pdf" target="_blank">Relatório Quantitativo sobre a Implementação da Lei 12.990 de 2014 elaborado em 2021</a> pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com outras instituições, o percentual de pretos e pardos nomeados para trabalhar como docentes de universidades públicas após concurso foi de 0,53% entre junho de 2014 e dezembro de 2019. O percentual é 37 vezes menor do que estabelece a lei: 20% das vagas.

O professor afirmou que o racismo não é algo que ele tenha sofrido em um momento isolado, mas sim uma realidade diária na vida acadêmica. Ele explicou que, constantemente, precisa se esforçar para demonstrar sua competência.

<cite>A gente sofre racismo o tempo todo. Professores negros sofrem racismo o tempo todo. A docência de ensino superior é considerada um espaço de poder, nós ainda somos minorias, e temos o tempo todo&nbsp; que provar que a gente é bom, que a gente domina o assunto. Muitas vezes a gente é confundido. Aqui na UFT mesmo, já fui barrado no prédio várias vezes, e sempre será assim. Já me perguntaram se eu era realmente professor", contou.</cite>

O primeiro professor cotista do câmpus de Palmas destacou a importância de sua conquista, e ressaltou que ela não é apenas uma vitória pessoal, mas sim o resultado de uma luta coletiva. Ele atribuiu grande parte de sua trajetória às mulheres negras de sua família, como sua mãe e avó.

“Essa é uma vitória que não é só minha, é uma luta de todas as mulheres negras como minha mãe, como minha avó que eram mulheres, empregadas domésticas e que acreditaram na educação como um potencial de mudança dos seus filhos. Elas foram as primeiras e quase únicas pessoas a acreditarem em mim, a apostarem em mim e reforçarem as minhas qualidades mesmo quando o mundo fora de casa dizia que era o contrário que eu não tinha qualidade então assim pra mim é muito importante porque é a luta do povo negro do Brasil, do povo indígena que sempre foi retirado desses lugares desses espaços, então assim eu acho extremamente importante e acho importante que cheguem mais pessoas então por isso é a minha luta na universidade” afirmou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/magazine/racismo-linguistico-n-o-e-so-sobre-palavras-diz-professor-sobre-o-uso-da-lingua-em-express-es-de-origem-racista-1.3198967">'Racismo linguístico não é só sobre palavras', diz professor sobre o uso da língua em expressões de origem racista</a> 
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/veja-o-que-abre-e-fecha-no-feriado-nacional-da-consciencia-negra-1.3201104">Veja o que abre e fecha no feriado nacional da Consciência Negra</a></div>

Para evitar ações judiciais contra as cotas para negros em concursos públicos e outras demandas relacionadas à Lei nº 12.990/2014, o Relatório&nbsp; Quantitativo sugere a ampliação do texto da norma, incluindo concursos para cartórios de registro e para cargos e funções permanentes ou temporários nas Forças Armadas.

Além disso, o relatório da Enap destaca a importância de iniciativas de capacitação para o letramento racial de magistrados e membros do Poder Judiciário. Propõe também garantir que a classificação na lista de vagas reservadas tenha validade ao longo de toda a carreira funcional dos servidores nomeados por cotas, entre outras medidas para fortalecer a implementação da política de cotas.

'Nós ainda somos minoria', diz primeiro professor negro a ingressar por cota racial em universidade pública do Tocantins

Cidades

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Educação

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quinta-feira o Plano Juventude Negra Viva, com ações voltadas para esse público em áreas como saúde, educação e segurança pública.Uma das ações do plano é a criação de um projeto nacional para o uso de câmeras corporais por policiais, para evitar abordagens violentas contra jovens negros. O plano também prevê a criação de uma bolsa de R$ 500 para esse grupo enquanto durante cursos de capacitação —embora sem definição de quando o benefício será criado.Também estão previstas entre as ações cotas étnico-raciais para programas de fomento da cultura, bolsas para preparar jovens para ingresso nos cargos efetivos do serviço público federal.Segundo o governo, o Plano Juventude Negra Viva terá investimentos de R$ 655 milhões.  O plano foi lançado em evento em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Participaram o presidente Lula, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e outros integrantes do governo, como Marina Silva (Meio Ambiente), Márcio Macêdo (Secretaria-geral da Presidência) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas).Segundo o governo federal, o plano conta com 200 ações e 43 metas específicas. Elas estão divididas em diversos eixos, como saúde, educação, cultura, segurança pública, geração de trabalho e renda, ciência e tecnologia, esportes, segurança alimentar, fortalecimento da democracia, meio ambiente, garantia do direito à cidade e a valorização dos territórios.Os investimentos e ações serão implementadas por 18 ministérios do governo."O pacote é fruto da reinvindicação de movimentos negros em todo o Brasil e tem como principal objetivo construir ações transversais para a redução da violência letal e outras vulnerabilidades sociais que afetam majoritariamente a juventude negra no país", informou o governo.<script id="infogram_0_f0cf21fe-4db9-41d9-8050-62de29de9347" title="Câmeras corporais" src="https://e.infogram.com/js/dist/embed.js?2nF" type="text/javascript"></script>O plano prevê a criação do Projeto Nacional de Câmeras Corporais, para evitar excessos nas abordagens de policiais contra jovens negros. Esse projeto vai prever uma diretriz nacional de uso de câmeras corporais na segurança pública, cadernos de referência operacional para o uso dos equipamentos, treinamento e capacitação.O documento também prevê a criação do Pronasci Juventude, com bolsas de R$ 500 para jovens negros enquanto passam por cursos de capacitação profissional. Esse benefício será pago por um ano, enquanto estiverem nesses cursos, nos institutos federais de educação.No entanto, não foi estipulado um prazo para a criação do benefícioA ministra Anielle Franco destacou a futura criação da bolsa, como uma das principais medidas do plano. "Acho que vai ser importante porque se liga ao estudo. Durante um ano do curso profissionalizante tem também o recebimento da bolsa de R$ 500", afirmou.Anielle também destacou ações na área da saúde, como medidas para a saúde mental da juventude negra.Uma das metas do plano prevê ampliar as condições para que jovens negros ingressem no serviço público federal. Para isso, prevê a ampliação de bolsas de preparação para o ingresso e processos seletivos, criar um sistema para monitorar a reserva de vagas.Também há uma meta para aperfeiçoar as ações afirmativas na educação superior e pós-graduação. Um dos mecanismos citados é a ampliação de bolsas para estudantes negros. Também está previsto o "fortalecimento" de cursinhos pré-vestibulares comunitários para facilitar o acesso às universidades.Também deve ser criado um modelo de contratação de soluções tecnológicas de registro audiovisual.Em outro ponto, o plano prevê a aplicação de uma política pública de saúde para tratar pessoas que foram resgatadas de regime de trabalho análogo à escravidão.Durante o lançamento do plano, o presidente Lula fez referência ao racismo existente na sociedade, citando os ataques ao jogador Vini Junior, na Espanha. E complementou que a sociedade branca ainda tem uma "ideia fixa" de que é a supremacia de tudo e que enxergam os negros como cidadãos de segunda classe."Não podemos assistir apáticos ao extermínio da juventude negra do nosso país. Queremos nossos jovens vivos, com todas as oportunidades que eles têm direito. Queremos um país com mais justiça social, menos desigualdade e nenhum tipo de discriminação. O racismo e suas consequências perversas que nossa sociedade resiste tanto a conhecer se releva todos os dias nos mais diversos ambientes", afirmou Lula em seu discurso."Nós, todos sábados ou domingos, assistimos um dos jogadores de futebol brasileiro mais importantes do mundo, que joga no time mais importante do mundo, o Real Madrid, o jovem Vini Junior ser acusado, difamado, achincalhado dentro dos estádios na Espanha, que é um país considerado rico, civilizado, mas que a questão do racismo ainda parece que não saiu de uma cabeça de uma sociedade branca", completou.

Governo lança plano para juventude negra com bolsa de R$ 500 e programa de câmeras corporais

Política

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O Magazine Luiza dará 100% de cashback —retorno integral do dinheiro gasto na compra— para aqueles que adquirem livros de autores negros no Dia da Consciência Negra, celebrado neste sábado (20), no aplicativo da rede varejista.Mais de 50 títulos foram selecionados pela Magalu para a ação, incluindo "Torto Arado", de Itamar Vieira Junior, obra premiada com o Prêmio Jabuti em 2020, e os dois volumes de "Casa de Alvenaria", de Carolina Maria de Jesus"O objetivo da ação é dar visibilidade à vasta produção de autores negros nacionais", disse, em nota, Ana Luiza Herzog, gerente corporativa de Reputação e Sustentabilidade da Magalu.A compra pela promoção é válida para apenas um livro por pedido. O cashback —dinheiro de volta, ao se traduzir o termo para o português— será depositado na carteira virtual do comprador no Magalu Pay, plataforma administrada pela rede.No Magalu Pay, o comprador de um dos livros da lista poderá usar o dinheiro retornado para fazer novas compras na Magazine Luiza, pagar contas de consumo —como as de luz, água e telefone— e realizar transferências para outros usuários da plataforma.&nbsp;CONFIRA A LISTA COMPLETA (TÍTULO - AUTOR - EDITORA):50 Contos de Machado de Assis - Machado de Assis - Companhia das Letras;A Mulher que Pariu Um Peixe - Raí Soares - Editora Jandaíra;Amoras - Emicida - Companhia das Letrinhas;Apropriação Cultural - Rodney William - Editora Jandaíra;Cartas Para Minha Avó - Djamila Ribeiro - Companhia das Letras;Casa de Alvenaria - Volume 1: Osasco - Carolina Maria de Jesus - Companhia das Letras;Casa de Alvenaria - Volume 2: Santana - Carolina Maria de Jesus - Companhia das Letras;Da Favela Para o Mundo - Edu Lyra - Buzz Editora;De Passinho em Passinho - Otávio Júnior - Companhia das Letrinhas;Dom Casmurro - Machado de Assis - Penguin;E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas - Emicida - Companhia das Letrinhas;Empoderamento - Joice Berth - Editora Jandaíra;Enterre seus Mortos - Ana Paula Maia - Companhia das Letras;Escritos de Uma Vida - Sueli Carneiro - Editora Jandaíra;Guardei no Armário (Nova edição) - Samuel Gomes - Paralela;Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis - Jarid Arraes - Seguinte;Interseccionalidade - Carla Akotirene - Editora Jandaíra;Intolerância Religiosa - Sidnei Nogueira - Editora Jandaíra;Justiça e Letalidade Policial - Poliana Ferreira Silva - Editora Jandaíra;Kuami - Cidinha da Silva - Editora Jandaíra;Lima Barreto: Obra Reunida (Box) - Lima Barreto - Nova Fronteira;Lugar de Fala - Djamila Ribeiro - Editora Jandaíra;Mais Forte - Luana Génot - Objetiva;Meu Caminho Até a Cadeira Número 1 - Rachel Maia - Globo Livros;Mocambos e Quilombos - Flávio dos Santos Gomes - Claro Enigma;Na minha pele - Lázaro Ramos - Objetiva;Não Pararei de Gritar - Carlos de Assumpção - Companhia das Letras;O Alienista - Machado de Assis - Penguin;O Amor como Revolução - Pastor Henrique Vieira - Objetiva;O Avesso da Pele - Jeferson Tenório - Companhia das Letras;O Catador de Sonhos - Geraldo Rufino - Gente;O Enegrecer Psicopedagógico - Clarissa Brito - Editora Jandaíra;O Monge e o Pastor - Pastor Henrique Vieira - Objetiva;O Pequeno Príncipe Preto - Rodrigo França - Nova Fronteira;O Sol na Cabeça - Geovani Martins - Companhia das Letras;Olhos D'Água - Conceição Evaristo - Pallas;Parem de Nos Matar - Cidinha da Silva - Editora Jandaíra;Pedagoginga, autonomia e mocambagem - Allan da Rosa - Editora Jandaíra;Pequeno manual antirracista - Djamila Ribeiro - Companhia das Letras;Por um Feminismo Afro-latino-Americano - Lélia Gonzalez - Zahar;Quem tem medo do feminismo negro? - Djamila Ribeiro - Companhia das Letras;Querer, Poder, Vencer - Thelma Assis - Planeta;Racismo Estrutural - Silvio Almeida - Editora Jandaíra;Racismo Recreativo - Adilson Moreira - Editora Jandaíra;Redemoinho em Dia Quente - Jarid Arraes - Alfaguara;Sobre os Canibais - Caetano W. Galindo - Companhia das Letras;Sobrevivendo no Inferno - Racionais MC's - Companhia das Letras;Todas as Letras - Gilberto Gil - Companhia das Letras;Torto Arado - Itamar Vieira Junior - Todavia;Trabalho Doméstico - Juliana Teixeira - Editora Jandaíra;Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto - Penguin;Tudo Nela é de se Amar - Luciene Nascimento - Estação Brasil;Um Buraco Com Seu Nome (Nova edição) - Jarid Arraes - Alfaguara;Uma História Feita Por Mãos Negras - Beatriz Nascimento - Zahar.

Magalu devolverá dinheiro para quem comprar livros de autores negros; veja lista

Tocantins

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