O chefe do Estado-Maior espanhol, general Miguel Ángel Villarroya, 63, apresentou sua renúncia neste sábado (23), após ser acusado de receber a vacina contra o coronavírus antes de grupos prioritários, anunciou a cúpula militar em um comunicado.Os critérios de acesso estabelecidos pelo Ministério da Saúde neste momento privilegiam profissionais de saúde e idosos em casas de repouso na Espanha."Com o objetivo de preservar a imagem das Forças Armadas, o general Villarroya apresentou neste sábado, à ministra da Defesa, seu pedido de demissão", afirmou o Estado-Maior em um comunicado.A saída representa a primeira renúncia de alto escalão na Espanha desde o início da pandemia, que já causou mais de 55 mil mortes.O ato ocorre um dia depois de o ministro da Defesa delegar ao próprio general Villarroya um informe sobre a situação de vários membros da liderança militar que se vacinaram contra o coronavírus. No começo da pandemia, Villarroya representou os militares em coletivas com a imprensa em que detalhava ações de tropas limpando casas de repouso e enfermarias.Os espanhóis reagiram com indignação à notícia. Outros líderes militares também foram acusados de se vacinarem indevidamente contra o coronavírus."General Villarroya e outros colegas, minha companheira tem 67, tem alzheimer e é cega. Nós estamos esperando pela vacina. Estamos no primeiro grupo. Você é mais importante?", disse o usuário do Twitter @Marcosendra1.O general da Aeronáutica Villarroya acabou renunciando, afirmando, porém, que nunca teve a intenção de "tirar proveito de privilégios injustificáveis".

Acusado de furar fila da vacina, chefe do Estado-Maior espanhol renuncia

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Uma vacina terapêutica contra o câncer de próstata desenvolvida por pesquisadores brasileiros foi aprovada para estudos clínicos pela FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora dos Estados Unidos). É a primeira vez que uma tecnologia do tipo chega a esse estágio.

Criada a partir das células tumorais do próprio paciente, a vacina busca fortalecer o sistema imunológico contra o câncer e reduzir a reincidência, somando-se aos tratamentos convencionais. Conforme dados preliminares, a imunoterapia personalizada reduz a recorrência da doença de 37% para 12%. Já a mortalidade entre pacientes tratados caiu de 12,8% para 4,3%.

Nos Estados Unidos, o estudo clínico iniciou o tratamento do primeiro paciente americano na última terça-feira (29). O teste faz parte de um estudo adaptativo de fase 2, que envolve 21 centros de pesquisa no país e tem duração prevista de até 22 meses. É estimada que a aplicação inicial dos dados imunológicos esteja disponível dentro de 90 dias, avaliando a resposta dos pacientes ao tratamento.

De acordo com o médico e cientista Fernando Thomé Kreutz, que lidera a pesquisa, resultados anteriores em pacientes brasileiros já haviam demonstrado um impacto significativo na redução de recorrências e mortalidade.

Os resultados precisam ser validados nos 230 pacientes americanos para que, depois, a imunoterapia esteja disponível nos Estados Unidos. No Brasil, a equipe tentará garantir a aprovação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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Para Kreutz, além dos benefícios médicos, a imunoterapia deve representar uma economia significativa para sistemas de saúde ao evitar a recorrência da doença.

"No Brasil, o tratamento convencional custa ao SUS [Sistema Único de Saúde] cerca de R$ 2,4 milhões por paciente, o que dificulta o acesso a terapias inovadoras. Nossa abordagem poderá eliminar a necessidade de tratamentos subsequentes e caros", afirma.

<h2>A imunoterapia</h2>

Batizada de FK-PC101, a tecnologia utiliza células do tumor do próprio paciente para criar TPCs (Células Apresentadoras de Tumor), que desencadeiam uma resposta imune específica contra o câncer.

"Os resultados mostram que a vacina reduz mais da metade de chances do paciente ter recorrência do câncer", afirma Kreutz. "O benefício de ter a vacina é superior a dois anos sem a recorrência da doença. Isso é um efeito fantástico em tratamentos oncológicos", diz o médico.

A equipe brasileira que coordena o estudo já planeja expandir a aplicação da tecnologia para outros tipos de tumores, como os gastrointestinais e pulmonares, que apresentam altas taxas de mortalidade. A coordenação desses novos estudos será liderada pelo médico Alberto Stein.

Segundo Stein, o Brasil pode aprovar o tratamento antes mesmo dos Estados Unidos, o que seria um marco para a saúde nacional.

Conforme o Inca (Instituto Nacional do Câncer), um em cada oito homens será diagnosticado com câncer de próstata ao longo da vida, sendo o risco maior entre homens negros. O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer entre homens, atrás apenas do câncer de pulmão. Apesar de avanços nas taxas de mortalidade ao longo das últimas décadas, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento ainda são limitados em algumas regiões.

Segundo o urologista líder do Centro de Referência de Tumores Urológicos do Hospital AC Camargo, Stênio de Cássio Zequi, no entanto, a imunoterapia ainda é limitada a uma pequena parcela dos pacientes com câncer de próstata, menos de 5%. Por isso, ainda é mais importante o acesso aos tratamentos básicos em todo país.

"Se conseguirmos ampliar o acesso, o impacto será muito mais significativo do que empregar imunoterapia, algo que está longe, caro e não aprovado", ressalta.

A imunoterapia é um tratamento que estimula o sistema imunológico a combater o câncer e pode ser feita de forma ativa ou passiva. Na forma ativa, vacinas e substâncias fortalecem as defesas naturais do organismo, enquanto, na passiva, anticorpos ou células de defesa externas ajudam o corpo a atacar as células tumorais. Ainda experimental, o tratamento é visto como promissor, mas requer mais estudos para confirmar sua eficácia e segurança.

Dados do Inca estimam 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano no país entre 2023 e 2025, um aumento de 8% em relação ao triênio anterior. A doença é responsável por aproximadamente 10% dos tumores malignos diagnosticados no país. A incidência varia conforme a região, sendo mais alta no Sudeste, com 77,89 casos a cada 100 mil homens, e mais baixa no Norte, com 28,4 casos a cada 100 mil.

Em todo o mundo são registrados mais de 1,4 milhão de novos diagnósticos anuais de câncer de próstata, de acordo com o levantamento Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer, da OMS (Organização Mundial da Saúde). Hoje, o Brasil é o quarto país que concentra mais casos, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. A doença é responsável por 375 mil mortes anuais no mundo.

Vacina brasileira para câncer de próstata é aprovada pela FDA para ensaios clínicos

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Cotidiano

Um estudante de 24 anos, acusado de matar a tiros João Vitor Alves Negrão e de liderar uma organização criminosa em Cristalândia, vai a júri popular. O crime aconteceu no dia 24 de agosto de 2022, em frente à casa da vítima.&nbsp;

De acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), o réu responde por homicídio cometido por motivo torpe, após ver a vítima escrever o nome de uma facção rival no muro da própria casa.&nbsp;

O JTO tentou contato da defesa do réu, mas não conseguiu. O estudante está preso na Unidade Prisional Barra da Grota, em Araguaína, e pode recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça.&nbsp;

Conforme sentença de pronúncia, devido à disputa entre facções criminosas, o grupo decidiu matar João Vitor.&nbsp;

Os envolvidos e o acusado foram até a casa da vítima, usavam máscaras e cercaram João Vitor, quando o réu atirou. Ele ainda tentou correr, mas foi alcançado e recebeu mais tiros e agressões físicas antes de morrer.

<div class="p-readmore-box">
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/operac-o-cumpre-mandados-contra-policiais-da-rotam-suspeitos-de-executar-homem-e-forjar-troca-de-tiros-1.3187328" target="_blank">Operação cumpre mandados contra policiais da Rotam suspeitos de executar homem e forjar troca de tiros</a>

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/pedro-alexandre-e-nomeado-novo-defensor-publico-geral-do-tocantins-1.3187348" target="_blank">Pedro Alexandre é nomeado novo defensor público-geral do Tocantins</a>
</div>

Segundo o TJTO, o juiz José Eustáquio Melo Júnior, da 2ª Vara da Comarca de Cristalândia, cita seis depoimentos que ajudaram a esclarecer os detalhes do crime e indicam o acusado como autor, que vigiou a casa do alvo antes do homicídio.&nbsp;

“Há indícios suficientes de autoria do fato supostamente praticado pelo acusado, com base nas provas indicadas acima e nos depoimentos prestados em Juízo”, afirma o juiz por meio do Tribunal.

O magistrado também manteve a prisão preventiva do acusado ao negar-lhe o direito de recorrer em liberdade. Conforme a decisão, há risco de fuga e necessidade de garantir a ordem pública.

O réu está preso na Unidade Prisional Barra da Grota, em Araguaína, e pode recorrer da decisão de pronúncia ao Tribunal de Justiça.

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Estudante acusado de homicídio em Cristalândia vai a júri popular

Decisão

Um pintor de 44 anos, acusado de matar a facadas o comerciante Raimundo de Sousa Neto, foi condenado a 19 de prisão. Ele também terá que pagar uma indenização de R$ 50 mil aos herdeiros da vítima.&nbsp;

O crime aconteceu no dia 6 de fevereiro de 2022, em Gurupi, no estabelecimento da vítima. Raimundo de Sousa foi morto devido a uma dívida de jogo que o acusado devia ao comerciante.&nbsp;

De acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), a família da vítima teria encontrado Raimundo morto no estabelecimento que ficava na casa.&nbsp;

Na época do crime, testemunhas e comerciantes que conheciam Raimundo e o réu auxiliaram a Polícia Civil a localizar o pintor. A vítima e o filho da vítima também informaram aos agentes que o marido havia discutido com duas pessoas naquele dia, um deles o acusado.&nbsp;

O nome do réu não foi divulgado, por isso o JTo não conseguiu contato com a defesa.&nbsp; Segundo o Tribunal, o pintor ainda pode recorrer à pena ao Tribunal de Justiça.

Julgamento&nbsp;

Conforme divulgado pelo TJTO, durante o processo judicial, o pintor foi condenado a 19 de prisão em regime fechado. Na sentença, os jurados reconheceram que o crime teve motivação fútil e que também causou ao comerciante, “intenso e desnecessário sofrimento”, impossibilitando a defesa da vítima.

<div class="p-readmore-box">
<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/cantor-sertanejo-sofre-infarto-apos-show-e-e-levado-as-pressas-para-uti-1.3172838" target="_blank">Cantor sertanejo sofre infarto após show e é levado às pressas para UTI</a>

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/cidades/paciente-em-estado-grave-e-transferido-de-porto-nacional-para-palmas-em-voo-de-helicoptero-que-durou-11-minutos-1.3172653" target="_blank">Paciente em estado grave é transferido de Porto Nacional para Palmas em voo de helicóptero que durou 11 minutos</a>
</div>

Decisão&nbsp;

A pena foi definida após a sessão de julgamento do Tribunal do Júri da Vara Especializada no Combate à Violência Contra a Mulher e Crimes Dolosos Contra a Vida de Gurupi, realizada nesta segunda-feira (9).&nbsp;

O Conselho de Sentença concluiu pela autoria do crime e não absolveu o pintor. Ele foi denunciado e condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, atingida por sete golpes de faca, quando foi atender o pintor em seu bar.&nbsp;

Ainda segundo o Tribunal, o motivo fútil está relacionado ao crime ter sido cometido em virtude de uma dívida de jogo que o acusado devia ao comerciante. O meio cruel seria porque o réu referiu diversos golpes contra a vítima. E o recurso que dificultou a defesa da vítima seria porque o comerciante foi pego de surpresa enquanto estava em sua casa.

Análise do Juiz&nbsp;

O juiz Jossanner Nery Nogueira Lima considerou as qualificadoras confirmadas pelos jurados e fixou a pena definitiva em 19 anos de prisão, em regime fechado.&nbsp;

De acordo com o TJTO, embora o pintor tenha respondido ao processo em liberdade, ele foi preso após ser decretada a prisão, para início do cumprimento da pena.&nbsp;

A medida de prisão imediata ao julgamento está prevista no artigo 492, inciso I, alínea “e” do Código de Processo Penal, para os réus condenados a pena igual ou superior a 15 anos de reclusão. O réu saiu preso do plenário do Tribunal do Júri.

O juiz também sentenciou o pintor a pagar R$ 50 mil como indenização aos herdeiros da vítima. O pintor ainda pode recorrer à pena ao Tribunal de Justiça.

Pintor que matou comerciante por dívida de jogo é condenado a 19 anos de prisão em Gurupi

Decisão 

<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/mulher-%C3%A9-morta-a-facadas-em-ponte-alta-suspeito-companheiro-%C3%A9-capturado-pelos-irm%C3%A3os-da-v%C3%ADtima-1.2719442" target="_blank">Leonardo Barbosa Da Silva, 32 anos, acusado de matar a companheira Patrícia Batista Florêncio, de 24 anos, com facada no coração em Ponte Alta do Tocantins</a>, região leste do Tocantins, vai a júri popular. O réu está respondendo o processo em liberdade até a data do julgamento ser marcada.&nbsp;O crime aconteceu no dia 6 de outubro de 2023, após uma discussão do casal, que vivia junto há pouco mais de um ano. Segundo a ação criminal, a vítima foi assassinada na frente da filha de 6 anos. Por estas circunstâncias, a denúncia o acusa de homicídio qualificado como feminicídio.&nbsp;A Defensoria Pública faz a defesa de Leonardo e respondeu que não comenta decisões envolvendo as pessoas assistidas. O réu ainda pode recorrer ao Tribunal de Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão de julgamento pelo Tribunal do Júri.&nbsp;De acordo com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), após o crime, o acusado foi contido em uma estrada da zona rural pela população, inclusive um irmão da vítima, e levado para a 81ª Delegacia de Polícia da cidade.&nbsp;Conforme o Tribunal, no processo constam duas causas para o aumento da pena do réu, pelo crime de homicídio ter acontecido na frente da filha da vítima e por violência doméstica e familiar.&nbsp;A versão do acusado&nbsp;Durante a audiência no dia 3 de abril deste ano, o réu teria negado o crime. Segundo o acusado, a própria companheira pegou a faca na cozinha e se matou devido à discussão, na casa de um cunhado.&nbsp;De acordo com o TJTO, o réu ainda disse que motivo da discussão teria acontecido devido irmão da mulher ter oferecido bebida alcoólica e ele disse para ela não beber, pois quando ela bebia, acordava com dor no estômago no dia seguinte.&nbsp;O acusado contou que a esposa reagiu mal e disse que beberia porque a bebida era do irmão e não do companheiro. Ao chegar em casa pegou a faca e se matou, segundo a versão do acusado ao juiz.Ele disse que por isso foi encontrado pelo vizinho com a companheira no colo e só decidiu sair do local após orientação de parentes.Relembra o crime&nbsp;A dona de casa Patrícia Batista foi morta esfaqueada dentro de sua casa, os militares encontraram a vítima no chão da cozinha, sem sinais vitais.&nbsp;Um parente da vítima, que não quer ser identificado, informou na época do crime que Patrícia Batista teria tido várias discussões ao longo do dia com o companheiro e o autônomo a teria agredido várias vezes.&nbsp;&nbsp;“Eles brigaram muito durante a tarde na casa da irmã dele, e à noite os dois foram para casa. E lá aconteceu o ocorrido, em que a Patrícia levou uma facada em cima do peito, perfurando o coração, e a filha de 6 anos, dela, presenciou a agressão da mãe”, disse o familiar da vítima.&nbsp;Este familiar ainda informou que Patrícia Batista, tinha duas filhas, uma de 9 anos e a outra de 6 anos. Ele também afirma que ela teria engravidado e perdido o bebê durante as agressões do companheiro, com quem se relacionava havia quase um ano.&nbsp;Leia também:&nbsp;<a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/mulher-%C3%A9-morta-a-facadas-em-ponte-alta-suspeito-companheiro-%C3%A9-capturado-pelos-irm%C3%A3os-da-v%C3%ADtima-1.2719442" target="_blank">Mulher é morta a facadas em Ponte Alta. Suspeito, companheiro é capturado pelos irmãos da vítima&nbsp;</a><a href="https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/vida-urbana/justi%C3%A7a-condena-nove-pessoas-e-aplica-r-17-milh%C3%B5es-em-multas-por-crimes-ambientais-1.2798309" target="_blank">Justiça condena nove pessoas e aplica R$ 17 milhões em multas por crimes ambientais</a>Análise do Juiz&nbsp;O juiz Jorge Amâncio de Oliveira, da 1ª Escrivania Criminal de Ponte Alta, decidiu seguir com o processo para julgamento popular devido à materialidade comprovada por exame pericial cadavérico e aos indícios de autoria a partir de testemunhas que indicam a possibilidade de o réu ser o autor do crime.&nbsp;Para o juiz, a alegação da defesa de que não há prova da autoria será analisada de forma mais aprofundada pelo Tribunal do Júri.&nbsp;“Não se pode excluir as qualificadoras nesta fase, quando estas não se mostrem manifestamente improcedentes, despropositadas ou desarrazoadas”, escreve na decisão, ao ponderar que vigora o princípio da dúvida de favorecer a sociedade e por isso a necessidade da remessa do caso para a decisão do Tribunal do Júri.&nbsp;Em liberdade para responder ao processoNa mesma sentença do mês de abril, o juiz decidiu soltar o réu para responder o processo em liberdade.&nbsp;Segundo o juiz, a prisão preventiva havia sido decretada sob os fundamentos da garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal e decidiu revogar a prisão com base no artigo 316 do Código de Processo Penal.&nbsp;Este trecho do código estabelece que o juiz pode revogar a prisão preventiva, de ofício, “se verificar falta de motivo para que ela subsista”, conforme o Tribunal.Após o final da fase instrutória, com o réu pronunciado (mandado para o júri) pela prática de feminicídio, não há mais razões para mantê-lo preso preventivamente, por não representar mais perigo à ordem pública, pois a fase de coleta de provas (instrução criminal) acabou, de acordo com a decisão.&nbsp;O juiz lembrou, que por estar solto, o réu pode até não comparecer à sessão plenária do Júri e isso não será avaliado negativamente contra ele e o soltou, com medidas de cautela.&nbsp;Porém, mesmo solto, o acusado não pode sair de casa por mais de 15 dias ou se mudar de endereço sem autorização do Judiciário e comprovar junto o endereço onde estiver morando.Cabe recurso contra a decisão ao Tribunal de Justiça e, em último caso, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Somente após uma decisão superior que confirme a decisão do juiz, será marcada uma data para o julgamento.