Mesmo que Rússia e Ucrânia cessem fogo e venham a alcançar um acordo de paz, o Kremlin permanecerá como uma ameaça à Europa, o que justifica os aumentos dos gastos militares que vêm sendo anunciados por diversos países do continente. A avaliação é do secretário de Estado do Ministério da Defesa da Suécia, Peter Sandwall, cujo posto é o segundo na hierarquia do setor no país escandinavo. No ano passado, os suecos tornaram-se os mais novos membros da Otan, a aliança militar ocidental, rompendo uma neutralidade de 200 anos. Em conversa com a reportagem na Laad, feira militar realizada na última semana semana no Rio, Sandwall defendeu a decisão, mesmo com a incerteza acerca do comprometimento dos Estados Unidos sob Donald Trump com a Otan. "Estamos ouvindo atentamente o que o novo governo está dizendo. Mas também observamos suas ações e acho importante afirmar que, até agora, os EUA não voltaram atrás em relação à Otan. Seguem comprometidos", disse.