No Brasil, o interesse pela vida das celebridades fica evidente nos populares programas de televisão dedicados à fofoca, como “Fofocalizando”, “A Tarde é Sua”, com Sônia Abrão, e o programa do Leão Lobo. Esses programas atraem um público fiel, sedento por detalhes íntimos e, muitas vezes, triviais da vida de figuras públicas. Alimentados por revelações e escândalos, tais espetáculos, frequentemente, alcançam altos índices de audiência, provando que o público se interessa, sim, pela vida alheia. Contudo é um erro acreditar que esse fascínio pela fofoca seja uma característica exclusiva dos países em desenvolvimento. A fofoca é um fenômeno universal, presente em culturas e contextos diversos, com expressões variadas ao redor do mundo. Em países desenvolvidos, como a Itália, o interesse pela vida das celebridades é igualmente forte e muitas vezes ainda mais sofisticado e organizado. O país é conhecido pela atuação dos paparazzi, fotógrafos que perseguem celebridades em busca de registrar seus momentos privados e vender para tabloides e revistas. A palavra “paparazzi” é conhecida mundialmente e simboliza essa obsessão cultural pelo acesso a intimidades de pessoas famosas. Esses fotógrafos, sempre em busca de um furo exclusivo, são mestres na captura de momentos que, não raro, cruzam a linha da privacidade.