O agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, enfrenta um momento crucial: a transição geracional. Com mais de 70% das propriedades rurais administradas por famílias, a sucessão familiar tornou-se um tema central para garantir a continuidade e o crescimento do setor. Esse processo vai além da simples passagem de comando, envolvendo planejamento estratégico, capacitação das novas gerações e a integração de tecnologias que transformam o campo, além de planejamento tributário e sucessório capaz de evitar disputas judiciais desnecessárias, vendas de imóveis com preço abaixo do mercado e dissídios entre herdeiros que somente atrasam o desenvolvimento econômico dos negócios familiares. Uma pesquisa de 2021 revelou que mais de 80% das empresas rurais são lideradas por seus fundadores, percentual que cai para 41% na segunda geração e apenas 16% na terceira. Menos de 1% chegam à quarta geração, reflexo da falta de planejamento sucessório e da tradição de evitar discussões sobre divisão patrimonial em vida.