A literatura tem um papel crucial na denúncia das injustiças e na revelação das estruturas políticas que moldam a sociedade. Ao longo da história, diversos autores utilizaram a narrativa ficcional ou autobiográfica como uma ferramenta poderosa para expor as mazelas enfrentadas pelos povos, particularmente em regimes autoritários ou durante períodos de intensa repressão. Neste artigo, analisaremos quatro obras literárias profundamente imbuídas de cunho político: "Arquipélago Gulag", de Alexander Soljenítsin, "O Sonho do Celta" e "A Festa do Bode", ambas de Mario Vargas Llosa, e "Memórias do Cárcere", de Graciliano Ramos. Cada uma dessas obras, em seu contexto, revela aspectos sombrios das opressões políticas e sociais, atuando como importantes testemunhos das realidades históricas vividas por seus autores e personagens.