PCC nas bombas Caiu a liminar que proibia o Instituto Combustível Legal (ICL) de associar a empresa Copape à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A Coluna tem denunciado há dois anos a empresa. A decisão, tomada pelo TJ de São Paulo, reverte vitória parcial conquistada por um advogado influente – conhecido nos bastidores por sua atuação agressiva e por defender interesses da Copape, apontada pelo ICL como o “braço do PCC” no mercado de combustíveis. A liminar anterior havia imposto silêncio ao presidente do Instituto, Emerson Kapaz, impedindo-o de mencionar a suposta ligação da empresa com a facção. Agora, o ICL está novamente autorizado a expor publicamente os vínculos que afirma existirem entre a Copape e o crime organizado. A reviravolta no caso é mais um capítulo na guerra jurídica e de bastidores envolvendo o mercado bilionário de combustíveis adulterados – um setor que, segundo investigações, tem servido como fonte de lavagem de dinheiro para facções como o PCC. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), já revelou em evento que a facção é investigada e teria mais de mil postos de combustíveis. E não somente no Estado paulista.