Nenhum grande empresário ou direção das associações empresariais – de industriais a banqueiros, de sindicatos a policiais – vai admitir em público, ninguém quer briga com um ministro togado. Todavia tem sido consenso em portas fechadas destas salas que o Supremo Tribunal Federal precisa urgente de um Código de Conduta (comum em outras Cortes mundo afora) para seus integrantes. O presidente do Supremo, ministro Edson Fachin, tem sido pressionado discretamente por quem a ele tem acesso, da alta roda, e se o Código passar, pode virar a grande marca da sua gestão a despeito da rejeição interna dos seus pares. O ano de 2026 será crucial para a Corte mostrar que não é dona do Brasil, como tem sido ventilado na praça. Vergonha Entra ano, sai ano, e o STF mantém uma mancha na sua História. Quem mandou grampear (e o que descobriram?) o gabinete do então ministro Joaquim Barbosa, mais conhecido por ser relator do Mensalão? Este repórter revelou em 2016 que a Segurança do STF descobriu, numa varredura, uma escuta ambiental desligada na caixa de fios do telefone, no chão abaixo da mesa. O ocupante do gabinete já era Luís Barroso.