Desde 2020, quando foram criadas as emendas Pix – aquelas em que o dinheiro entra diretamente nas contas de Estados e municípios, sem necessidade de projeto e fiscalização “meia-lupa’ – os senadores que mais utilizaram o mecanismo foram Zenaide Maia (PSD-RN), Jayme Campos (União-MT) e Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente do Senado. É o que mostra a Central das Emendas, plataforma criada pelo engenheiro de computação Bruno Bondarovsky, em parceria com a PUC-Rio, que reúne todos os dados disponíveis sobre emendas parlamentares desde 2015. Só no ano passado, Campos e Alcolumbre destinaram a emendas Pix metade do valor ao qual têm direito: R$ 34,8 milhões, cada. Zenaide, um pouco menos: R$ 32 milhões. Só não devem ter feito mais porque a Constituição determina que 50% das emendas individuais têm que, obrigatoriamente, serem destinadas à Saúde. As emendas Pix estão sob a mira do ministro Flávio Dino e seus pares do STF, que exigem mais transparência.