Sindicatos não descartam a possibilidade de greve caso não se tenha acordo com o governo sobre o pagamento do retroativo da data-base de 2015 e a deste ano. Em reunião na Secretaria de Governo e Articulação Institucional, na manhã de ontem, representantes dos servidores receberam a proposta de novo parcelamento do retroativo. O governo quer renegociar para pagar ainda na gestão de Marcelo Miranda (PMDB), ou seja, dentro do prazo de dois anos. Quanto à reposição de 9,8307%, proposta pelos sindicatos para 2016, o governo alega não ter recursos, o que deixou os servidores insatisfeitos.A proposta, segundo o secretário de Estado da Comunicação, Rogério Silva, versa sobre questões de ordem financeira. “Somente um estado, até agora, confirmou que vai conceder a reposição salarial, o Paraná. O restante não deve pagar ou ainda está estudando a situação. Essa não é uma dificuldade exclusiva do Tocantins”, disse o secretário ao ressaltar que o interesse da gestão é cumprir com o pagamento do passivo de 2015. Insatisfeitos“Reunião com resultado amargo para o servidor”, foi assim que o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, avaliou o anúncio feito pelo grupo gestor. “Não conseguimos aquilo que buscávamos. Não tem como renegociar o que já foi negociado”, disse o presidente ao lembrar o acordo feito em 2015.Segundo Pinheiro, o anúncio do governo causou uma “frustração muito grande nos servidores”, que já estão cobrando um posicionamento dos sindicatos. PAGAMENTOSA lei define que o pagamento acontece em maio. Em 2015 foi acordado, em julho, reajuste de 8,173%. O retroativo de maio e junho foi dividido em duas parcelas. A primeira de 4,17% em folha complementar e os outros 4,003% para pagamento a partir de janeiro/2016 (o que ainda não aconteceu). Já o reajuste a partir de julho foi pago em duas parcelas: Agosto (4,17%) e Outubro (4,003%).