Um grupo de manifestantes contrários à ditadura militar promoveu, neste domingo (6), a chamada Caminhada do Silêncio, em que foram lembradas e homenageadas vítimas da violência estatal nos últimos anos. O ato começou em frente ao 36⁰ distrito da Polícia Civil de São Paulo, na zona sul, onde antes era sediado o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna). O local foi o principal centro de repressão do Brasil durante a ditadura militar (1964-1985). Os manifestantes pediram o fim da anistia aos envolvidos em crimes durante o governo militar, a condenação de policiais envolvidos nas mortes de inocentes e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde o começo nós trouxemos as mães de maio, as mães de Osasco, do Paraisópolis, porque a violência de Estado, com exceção de alguns casos de classe média, acontece na periferia. A Polícia Militar mais do que dobrou o número de crianças e adolescentes assassinados. É um escândalo que isso continue a acontecer", afirmou Vera Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, cuja história foi retratada no filme "Ainda Estou Aqui".