Mesmo inelegível, preso e com problemas de saúde, Jair Bolsonaro (PL) segue citado nas pesquisas sobre prováveis candidatos a presidente da República em 2026 à frente de outros nomes também da direita. Esse legado eleitoral, o ex-presidente tenta transferir ao filho, o senador Flávio, o 01, que se lançou pré-candidato. Quando presidente, Bolsonaro encarnou o “mito”, o “imbroxável”, o “capitão”, o “machão”, alcunhas que explicitam enaltecimento de uma potência que contrasta com a imagem de fragilidade atual. Mais do que isso, recusou vacina durante a pandemia, fez elogios a torturadores da ditadura militar e ostentava como mérito a postura machista, nas muitas vezes em que desrespeitou e ofendeu mulheres, com deboche. Hoje, condenado por liderar tentativa de golpe de estado, entre outros crimes, e preso, após alegar surto ao tentar violar a tornozeleira eletrônica, é por meio de recados que se mantém no jogo político, tendo como intermediários a mulher Michelle, os filhos e aliados próximos.