A prefeita de Palmas se pronunciou após a repercussão da votação da Câmara de Vereadores, que rejeitou o empréstimo de mais de R$ 650 milhões com bancos. Segundo Cinthia Ribeiro (PSDB), os vereadores agiram de forma orquestrada para atender interesses pessoais e sabotar a gestão municipal. Parlamentares negaram quatro pedidos de empréstimos apresentados pela prefeitura durante o mês de junho. O dinheiro seria usado para compra de ônibus e obras públicas. A votação ocorreu durante sessão extraordinária realizada na noite de quinta-feira (4). Para tomar empréstimos o executivo precisa ter aprovação do legislativo. Para aprovar os Projetos de Lei Complementares (PLC) com as propostas, a prefeita precisaria conquistar votos da oposição, mas a gestão acabou sendo derrotada. Por meio de nota, a prefeita afirmou que a capital foi contemplada pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, para acessar um financiamento especial. (Veja nota na íntegra abaixo) Leia também:- Prefeita se revolta nas redes sociais após vereadores rejeitarem empréstimos de R$ 650 milhões- Bolsonaro é defendido por Moro, e base de Lula fala em prisão após indiciamento por joias - PF cumpre no RJ novos mandados em caso de fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro O dinheiro seria destinado para renovação de frota e aquisição de 112 ônibus do transporte coletivo - sendo 12 deles elétricos. Segundo Cinthia Ribeiro, essas aquisições vinham sendo planejadas desde 2023. A respeito dos empréstimos junto à Caixa Econômica Federal dentro do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), a prefeita afirmou que o recurso de R$ 300 milhões seria destinado à recuperação asfáltica de várias áreas, incluindo as Arnos, duplicação de avenidas, construção de novas praças, abertura de quadras, revitalização de pontes. O valor também seria utilizado para as construções das sedes da Prefeitura e da Câmara Municipal, que atualmente funciona em prédio alugado. O empréstimo de R$ 40 milhões com o Banco do Brasil compraria novos ônibus para atender o transporte escolar municipal. Cinthia Ribeiro afirmou que a votação "foi uma ação politicamente orquestrada para atender interesses pessoais", e que a decisão dos vereadores que votaram contra o projeto, ou se omitiram, prejudicou crianças, usuários do transporte coletivo, e impediu a redução de despesas públicas com aluguéis dos prédios utilizados pela prefeitura. "É certo que tais ações de sabotagem contra a Gestão Municipal e contra o povo palmense não passarão despercebidas pela população, pelos órgãos de controle e pela justiça", finaliza. O g1 questionou a Câmara Municipal de Palmas sobre as declarações da prefeita e aguarda resposta.